segunda-feira, 29 de junho de 2015

A Era das Bikes


Domingo passado a av. Paulista foi invadida por bikes. Pais com filhos, casais, idosos e até cadeirantes desfilaram alegremente pela avenida que era apenas dos carros e do CO2.

Muitos motoristas estão bravos com a perda de espaço do carro para as bicicletas e transporte coletivo, mas é preciso entender que os carros são o símbolo de Era Industrial, onde os interesses privados eram prioritários.

Vivemos num planeta com 7 bilhões de pessoas, que aumenta sua população a cada dia. Temos que virar a página e entender que vivemos uma Nova Era, onde o coletivo deve ser priorizado, o transporte não deve emitir mais CO2 e a qualidade de vida e saúde devem ser estimuladas.

Imaginem o absurdo que é nossa malha viária atual, onde 1 tonelada é usada para transportar 60 quilos, que andam isolados pelas vias entupidas.

Agora falta criar um plano arrojado para o transporte coletivo. Com mais metrô, ônibus, etc e que onere as pessoas que quiserem continuar nos seus carrões pelo espaço público.

Nossos problemas tem solução e passa pela solidariedade e visão coletiva.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Justiça brasileira está mostrando que ninguém está acima da lei



Os últimos fatos ocorridos na operação lava-jato estão nos dando esperança quanto ao futuro do Brasil. Pessoas poderosas que achavam-se acima da lei estão indo para a cadeia. Pode ser que eles permaneçam pouco tempo lá, mas o fato é simbólico e importante para a democracia brasileira.
Sempre achei que mais importante do que prender os políticos corruptos era prendem aqueles que os corrompem. É inaceitável que organizações modernas, inovadoras e com excelente governança possam ter práticas medievais na forma de fazer negócios.
Um país moderno e justo somente será possível com empresas modernas e que tenham práticas adequadas de negócio.
O mais engraçado é que ainda existem empresas que acreditam que sua imagem pode ser melhorada com campanhas publicitárias apenas. Muito mais importante que isso, é necessário que as organizações respeitem o cliente, dialoguem com a sociedade e não aceitem receitas oriundas da prevaricação.
Brasil, um país de todos e não apenas de alguns...

domingo, 21 de junho de 2015

Prisão de mega empresários mostra que Justiça é para todos


As empreiteiras sempre estavam na roda, quando o assunto era superfaturamento, corrupção ou danos ao erário público.

Mas o que aconteceu na semana passada pode ser considerado um marco na Justiça brasileira. A prisão dos presidentes das maiores empreiteiras brasileiras por corrupção ativa.

O que mais impressionou foi a falta de compostura e a certeza de impunidade dos nossos queridos empresários ao combinarem o superfaturamento por email.

Parabéns às autoridades brasileiras que dão esperança ao povo honesto e trabalhador, que acorda cedo e chega tarde em casa, muitas vezes para ganhar um modestíssimo salário. Muito diferente da vida daqueles que extorquem o Patrimônio Nacional.


Vamos em frente, que pelo jeito, vai faltar celas em Curitiba.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Maioridade Penal: a solução é termos mais prisões ou mais escolas?



O que leva os brasileiros a defenderem a redução da maioridade penal? Será que eles acreditam que a medida irá reduzir a criminalidade? Ou estão movidos por um uma sede de justiça contra os adolescentes criminosos?

Qual a efetividade desta medida?

Questões de difícil resposta. E se o Brasil garantisse que todos os jovens permanecessem na escola pelo menos até o final do ensino médio e que lá ganhassem uma bolsa que garantisse sua subsistência, evitando a evasão escolar?

Seria esta medida inviável? O problema da educação ruim é a falta de recursos?

O orçamento da União com educação é um dos maiores dentre todos. Mas a gestão escolar é muito ruim.

Escolas em período integral, que ensinassem cidadania, esportes e capacitassem os jovens para o mercado de trabalho não seria uma ação muito mais inteligente do que reduzir a maioridade penal? Além disso, não resolveria a raiz dos problemas sociais brasileiros?


Qual sua opinião? Mais celas ou mais salas de aula?

quarta-feira, 3 de junho de 2015

A crise econômica e a escassez de recursos realmente existem?



Fomos acostumados a olhar o futuro e a realidade mundial com pessimismo e desesperança. Desemprego, baixo crescimento econômico, inflação, violência e miséria. Mas será que nosso destino é viver num mundo árido como este?

Não necessariamente, pois a crise parece ser falsa.

Não faltam recursos.  Se pensarmos bem, quais são os recursos necessários à nossa sobrevivência? Comida, água, abrigo, educação, saúde, cultura & artes, lazer, bons relacionamentos e conexão com o Todo.

Certamente não existirá concordância geral com a lista que preparamos, mas supondo que seja uma boa lista, vamos a ela.

Comida, água e abrigo não deveriam ainda ser problemas para a humanidade. A cada ano, as safras de alimentos batem recordes. A questão é que grande parte desta produção vai para alimentar os rebanhos e não as pessoas. Além disso, existe uma grande concentração da produção de alimentos em grandes propriedades e em empresas de alta tecnologia que produzem os alimentos de forma centralizada, encarecendo sua chegada aos países mais pobres.

Se fosse feita uma campanha para trocar o consumo de proteína animal por outros alimentos, teríamos um ganho enorme em produção, barateamento dos alimentos e menos impactos ambientais. Isto também economizaria água, pois a pecuária é uma das maiores consumidoras de água potável. O custo de construções de casas poderia também cair drasticamente se houvesse um planejamento para a entrega de unidades habitacionais feitas com materiais mais eficientes e baratos.

A educação poderia ser muito mais efetiva e barata se os pais dos alunos assumissem um papel importante na gestão das escolas, que deveriam ser comunitárias e preocupadas em formar pessoas melhores para o mundo e não cursos meramente profissionalizantes, estéreis no questionamento e nas disciplinas que formam realmente cidadãos globais.

A saúde é um dos itens que nos causa maior indignação. Se os governos fizessem campanhas educativas em prol da alimentação saudável e bons hábitos para a saúde, o volume de recursos gastos em hospitais, planos de saúde e medicamentos cairiam drasticamente. Mais uma vez, os interesses econômicos, principalmente da indústria da doença e dos remédios, acabam prevalecendo.

Cultura, artes, lazer e bons relacionamentos podem ser trabalhados em conjunto. Se tivéssemos incentivo a praticar a vida comunitária, em vez de ficarmos aprisionados em nossas casas, com medo do vizinho do lado, poderíamos criar relacionamentos fortes, positivos e buscaríamos soluções para todos, criando comunidades fortes e solidárias. Muito melhor do que a busca pelo consumo desenfreado e pelo endividamento exagerado.

A conexão com o Todo ou a busca pela espiritualidade seria o resultado das outras práticas. Pois teríamos tempo, dinheiro, cultura e bons relacionamentos, o que criaria um sentimento de pertencimento e de envolvimento com uma Causa Superior. Todas as religiões e dogmas poderiam ser extintos, pois causam muito mais separação e conflitos do que conforto espiritual.

Pode parecer uma visão simplória da vida, mas fica o questionamento. Não seria possível termos uma vida mais simples, sem tantas ambições inúteis e com menos conflito e infelicidade? Provavelmente sim. Basta que não sejamos contaminados pelo sentimento de impotência e entendermos que a mudança virá com iniciativas educacionais democráticas e inclusivas e que privilegiem a formação do novo cidadão que o planeta precisa. Esse é um papel de todos. Não podem existir donos.