quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Por que os jovens estão tristes?


Minha geração começou a trabalhar cedo. Com quatorze ou quinze anos já estávamos empregados, normalmente como office-boys, uma profissional extinta pelos moto-boys. Saíamos com um monte de contas pra pagar em nossa pastinha e quando entrávamos no banco, os outros clientes reclamavam, pois sabiam que iria demorar um bocado para desocuparmos o caixa.

Também gostávamos muito de fazer "colegial técnico" para termos uma profissão o mais rápido possível. Eu fiz colegial técnico em eletrotécnica. Nunca apertei um parafuso ou soldei um circuito integrado.

Depois fui fazer bacharelado em economia. Não havia cursos tecnólogos nem a distância naquela época. E a mensalidade era bem cara. Tinha que fazer bicos para conseguir pagar o curso e me formar.

Também éramos uma geração muito obediente. Sabíamos obedecer nossos chefes. Trabalhei numa empresa onde os gerentes tinham crachá com uma tarja verde e nós, pobres mortais, tínhamos tarja vermelha. Como sonhava em conseguir minha tarja verde no crachá...

Aparentemente, a situação está mais fácil hoje para os jovens. As empresas parecem que estão mais participativas e muitas procuram o engajamento e não um monte de empregados apenas obedientes.

Atualmente, também está mais fácil para os jovens cursarem o nível superior. Criaram os tais cursos tecnólogos que formam a turma em apenas 2 anos e tem curso a distância com mensalidade de apenas 100 reais! Acreditam?

Mas sinto que os jovens não estão muito satisfeitos com o que lhes é ofertado. Tem um batalhão de meninos e meninas de 18 anos anos que nem estudam nem trabalham. Ficam em casa o dia todo no celular, acordam ao meio dia e não sentem o famoso chamado da "carteira assinada".

E aqueles que entram nas empresas em pouco tempo desanimam.Muitos jovens me procuram perguntando como fazer para começarem um negócio ou então, pedem ajuda para iniciar uma empresa social e militar no Terceiro Setor.

Por que isso? Parece que aquilo que nos atraía não chama mais a atenção dos nossos rapazes e moças. As pessoas mudaram, mas as ofertas continuam praticamente as mesmas.

Os jovens sentem um chamado diferente do nosso. Não sonham com estabilidade, um bom emprego e um salário gordinho depois de 30 anos trabalhando na "firma".

Os jovens querem ser felizes e trabalhar por uma causa. Enquanto não conseguirmos oferecer isso a eles, o marasmo irá imperar nos ambientes corporativos.

Ou então, o modelo pode estar saturado e precisaremos de algo diferente no lugar. O que será?

Quem estiver interessado em ingressar no programa gratuito de coaching "Em busca da sua Missão Superior", pode escrever para contato@liderancaeducadora.eco.br O programa será composto por 9 encontros quinzenais às terças a noite, na cidade de São Paulo e começa em Setembro de 2016.

O programa visa trabalhar as competências de cada um e mostrar quais oportunidades podem trazer realização e felicidade, além de muito significado.

Bem-vindos, jovens buscadores! Ah... O pessoal mais velho também está convidado...

Até!

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O caminho para a missão superior passa pela mudança de pensamento



Muitas pessoas sentem-se mal em levar uma vida comum, sem grandes metas ou projetos. Aquela vidinha que nos faz levantar cedo todos os dias, trabalhar o dia todo e ir pra casa a noite, jantar, ver a novela e dormir.

Existe outro tipo de pessoas que além de buscarem metas maiores para suas vidas, querem fazer a diferença no mundo. Isto é, dedicar-se a uma causa que poderá de alguma forma melhorar a vida das pessoas e demais seres vivos. Isto se chama Missão Superior.

O desenho acima mostra o esquema que define o ser humano. Temos o quadrado da personalidade, que guarda nossa preocupação com o físico, nossa energia (etérico), emoções (astral) e pensamentos concretos, que são aqueles pensamentos corriqueiros. Eles envolvem nossas  pequenas preocupações com dinheiro, relacionamentos, trabalho, etc. Não tem muita coisa de sublime aí.

O triangulo simboliza nosso Eu Superior e quando vivemos esta dimensão, começamos a pensar coisas mais elevadas e buscar fazer a diferença no mundo, abraçando causas sociais, políticas, artísticas e espirituais.

Como fazer para viver o triângulo do Eu Superior?

Trocando as preocupações e ações mais rasteiras por assuntos mais elevados. Mas isto precisa ser uma prática. Para tal, é importante lermos bons livros, fazermos cursos sobre assuntos mais sublimes e nos relacionarmos com pessoas do bem, engajadas na mudança planetária.

É importante que consigamos sentir no nosso trabalho uma oportunidade de vivermos nossa Missão Superior. Se você sente que seu trabalho não está melhorando você ou as outras pessoas, faça um plano para trocar de trabalho.

Assistir menos televisão e trocar filmes e programas do tipo "besteirol" por outros que tragam ensinamentos e bons sentimentos também é muito importante.

Ambientes ligados à vícios, como bares e casas noturnas também não nos ajuda muito, pensando em nosso Eu Superior.

Não estamos sugerindo que ninguém vire santo e sim, reflita sobre o que faz a diferença em nossas vidas.

Os jovens são o principal alvo do modelo consumista, onde reina o vazio existencial. São presas fáceis para a indústria de bebida e demais drogas. Vejam como os barzinhos ficam lotados nas noites das cidades...

Não adianta esperar dos governos uma mudança profunda na sociedade. Esta mudança ocorre quando o cidadão comum desperta para uma vida mais elevada e cheia de significados superiores. A boa notícia é que isto pode fazer com que precisemos de menos dinheiro e então poderemos trabalhar menos e viver mais.

Faça um teste. Escreva em um post-it todo pensamento superior que você tiver no dia e cole-o na porta da geladeira. Se ela começar a ficar cheia, isto será um bom sinal.

O blog liderança educadora irá oferecer um programa de life coaching gratuito para quem estiver em busca da sua Missão Superior. Está interessado? Então aguarde mais informações.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Vocação e a escolha do nosso ofício


Para escolhermos nossa profissão é fundamental termos clara nossa Missão Superior e sabermos nossa vocação. Sobre a Missão superior, não trataremos agora, mas queremos falar um pouco sobre nossa vocação.

Vocação, vem do latim, "vocare", que significa "chamar". Logo, vocação é um chamado que recebemos.

Para sabermos qual é nossa vocação, precisamos responder a três perguntas:

1. O que gostamos de fazer?

Significa aquilo que não fazemos por obrigação e podemos aceitar fazer sem ganhar nenhuma recompensa financeira. O trabalho voluntário está ligado a esta definição. Gostamos de fazer algo que nos motiva e que exerce em nós um grande atração.

Quando uma pessoa está fazendo algo que gosta, aos poucos surgem outras pessoas para ajudá-la na empreitada. É como se fosse criada uma rede irresistível de apoio de pessoas com a mesma afinidade que nós.

2. O que queremos fazer?

Isto tem a ver com um dever que fala mais alto dentro da gente. Muitas vezes, fazer algo pode não trazer uma satisfação imediata, mas podemos ter um motivador ligado aos nossos valores essenciais. Podemos querer arrumar coisas erradas, mesmo tendo barreiras difíceis e muitos obstáculos.

Normalmente, queremos fazer algo que representa uma causa para nós. Nossa bandeira para a vida!

3. O que fazemos bem?

Representa aquilo que fazemos sem esforço algum. Como se fosse um "presente" que recebemos do Universo. O Neymar certamente não precisou treinar infinitas horas para ter o seu talento para o futebol.

Existem muitas coisas que fazemos bem, mas muitas delas são esquecidas pelo caminho ou até mesmo, nunca são desenvolvidas. Uma pessoa com grande talento para a música, mas que nunca teve acesso a aulas ou a instrumentos musicais, provavelmente ficará com esta capacidade adormecida.


Nosso blog sugere que você reflita sobre estas três perguntas para escolher seu caminho profissional ou mesmo sua atividade voluntária e jamais, jamais mesmo, escolha algo apenas pelo dinheiro que ele poderá lhe trazer. Isso significa vender a alma e a recompensa certamente não é vantajosa.

Até...

Fonte: Isasa, Michel Echenique - A Vocação Nossa de Cada Dia - Belo Horizonte: Nova Acrópole, 2010.