Constelação familiar é um método
psicoterapêutico recente, com abordagem sistêmica fenomenológica, desenvolvido
pelo filósofo e psicoterapeuta alemão Bert Hellinger.
Hellinger descobriu que determinados
comportamentos se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de
gerações. Muitos problemas, dificuldades e mesmo doenças de seus clientes
estavam ligadas a destinos de membros anteriores de seu grupo familiar.
A “constelação familiar” consiste em
um método no qual um cliente apresenta um tema de trabalho e, em seguida, o
terapeuta solicita informações factuais sobre a vida de membros de sua família,
como mortes precoces, suicídios, assassinatos, doenças graves, casamentos
anteriores, número de filhos ou irmãos.
Com base nessas
informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros membros do grupo,
de preferência estranhos a sua história, alguns para representar membros do
grupo familiar ou ele mesmo. Esses representantes são dispostos no espaço de
trabalho de forma a representar como o cliente sente que se apresentam as
relações entre tais membros. Em seguida, guiado pelas reações desses
representantes, pelo conhecimento das "ordens do amor" e pela sua
conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível,
os representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham
um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar.
Não damos conta de como somos
influenciados pelos membros da nossa família. Quantas escolhas, fracassos e
sucessos estão ligados á nossa herança familiar! A questão central é o fato de
tomarmos decisões e conduzirmos nossa vida, seguindo um padrão que se repete em
nossa árvore familiar, sem que tomemos consciência disso.
Será que somos realmente livres nos
caminhos que trilhamos ou agimos como robôs, reproduzindo uma forma de ver o
mundo, ligado a crenças que acompanham nossas vidas há muitas gerações?
A liderança educadora, que se baseia
em quatro dimensões (ver post anterior), parte do autoconhecimento para que
suas escolhas sejam efetivas e transformadoras. Quem não se conhece e não sabe
por que toma certos caminhos, muitas vezes repetitivos, não está livre para
liderar a si mesmo e aos outros.
Os posts sobre o Eneagrama, que são
publicados neste blog fornecem algumas dicas para quem busca entender seus
padrões inconscientes, mas que criam efeitos reais nas nossas vidas e daqueles
que amamos ou lideramos.
É preciso refletir se
nossos projetos ou sonhos são realmente aquilo que queremos e valorizamos ou estão
em uma roda de repetições que herdamos de nossos pais e demais antepassados.
Quando nos olhamos no espelho, vemos
a nós mesmos ou somos cópias dos nossos pais, com os quais convivemos por muitos anos e que nos depositaram um legado ou fardo do qual não temos consciência?
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