A Lua é um arquétipo milenar que representa a dimensão feminina da criação.
A Lua nova/crescente é o aspecto virginal, de criarividade e expansão.
A Lua cheia significa a abundância e fertilidade.
A Lua minguante traz o final dos ciclos e a sabedoria.
O princípio feminino atua como educador por mostrar a importância de respeitarmos os ciclos da vida no aprendizado humano. Não é correto pular etapas e sim viver o melhor de cada estágio com o espírito de convivência e integração.
Em uma organização, as diversas gerações podem conviver a assimilar o que de melhor cada uma pode fornecer a outra. Podemos estar no período da Lua minguante e mesmo assim, termos o espírito criativo e juvenil da Lua crescente e contribuir com novas ideias e projetos, que deverão ser analisados pela ótica provedora da Lua cheia e pelas lições aprendidas da própria Lua minguante.
Por muito tempo, pensou-se que as lideranças políticas e corporativas não necessitavam criar, cuidar e refletir, e sim, apenas produzir, conquistar e exigir. Como a vida é um organismo vivo, tivemos como resultado o desequilíbrio, a destruição e a ameaça de continuidade do processo. Agora, finalmente, fala-se em criatividade e inteligência emocional. Ufa!
Na educação das crianças vale a mesma coisa, quanto mais os pequeninos puderem ter contato com diferentes estágios e interpretações do aprendizado e ficarem livres do processo uniforme pasteurizado, mais serão formados cidadãos com visão plural, inclusiva e regada pela diversidade.
Finalmente, a dimensão feminina abre espaço para o cuidado com o outro, o acolhimento e a sensibilidade, aspectos tão necessário na nossa realidade cartesiana, que enxerga pessoas como máquinas.
A Lua, mulher, mãe e anciã, que cuida dos seus filhos, produz e acolhe é o grande princípio educador que os tempos atuais demandam para nossas escolas profissionalizantes e emburrecedoras.
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