Educar não é treinar porque agora o educador tem um papel tão ou mais
estratégico do que o profissional de vendas, marketing ou qualidade. Ele
precisa mostrar os pontos a serem mudados nas práticas de negócio e dominar as
ferramentas para fazê-lo para que possam ser disseminadas.
A educação
corporativa surgiu como uma tentativa de criar uma rede de relacionamentos que
envolvia a construção de conteúdos educacionais, sua formatação e disseminação,
com foco em públicos diversificados e alto nível de complexidade. O papel do chief learning officer, responsável
pelas “universidades corporativas” que estão sendo criadas, ganhou destaque na
hierarquia das organizações.
Educar não significava mais treinar, e sim, formar
pessoas com capacidade de entrega necessária à estratégia do negócio e ao atendimento
das demandas dos diversos stakeholders.
Diversos
desafios brotam com o novo modelo de formação de pessoas. É preciso utilizar de
forma abundante as novas tecnologias do aprendizado, como forma de disseminar
conhecimento e reduzir as crescentes despesas com logística de treinamento. Os
conteúdos educacionais são distribuídos nas universidades corporativas por tipo
de competências atendidas, surgindo então as “escolas”, como a “escola do
varejo”, “escola de excelência operacional”, “escola de valores” e “escola de
liderança”, apenas para citar algumas. As competências precisam estar alinhadas
à cultura para que os conteúdos sejam coerentes às estratégicas traçadas.
O
profissional de T&D tem que mudar seu “mindset”,
a fim de que possa ter uma visão de diversidade e capacidade de abstração para
criar programas que reflitam os altos níveis de complexidade nos quais suas
organizações estão inseridas. A preocupação com avaliação de resultados exige
uma visão financeira, comercial e mercadológica dos programas para que os
desafios organizacionais possam ser atendidos. Não basta mais perguntar ao
aluno se ele gostou do instrutor e do coffee-break
servido.
Na
atualidade, o conceito de educação corporativa começa a passar por uma nova
mudança. O foco agora não é apenas na estratégia do negócio, mas no
oferecimento de produtos e serviços que atendam aos requisitos de bem-estar
social, qualidade de vida das pessoas e preservação dos recursos naturais. O
educador corporativo ganha um papel de agente transformador das práticas de
negócio nunca antes observado. Produtos ruins e nocivos à sociedade e ao meio
ambiente devem ser trocados por novas opções, mesmo que isto represente uma
queda imediata no volume de vendas.
Educar não
é treinar porque agora o educador tem um papel tão ou mais estratégico do que o
profissional de vendas, marketing ou qualidade. Ele precisa mostrar os pontos a
serem mudados nas práticas de negócio e dominar as ferramentas para fazê-lo
para que possam ser disseminadas.
As
oportunidades para quem quiser ser um educador corporativo multiplicam-se aos
milhares, apesar de que ainda, para muitas organizações, encher uma sala de
alunos e cadernos com conteúdos, ainda seja no que acreditam. Isso tudo vai
mudar rapidamente ou quem mudará serão seus clientes e demais parceiros.
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