quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A Educação e os Vasos Sanitários



Para os mais pragmáticos, finalmente é possível agora entender uma das vantagens da educação: livrar os criminosos de uma cela comum ao serem presos!

Aqueles que fugiram dos bancos escolares vão ter que tomar banho por cano sem chuveiro e com água fria. Já aqueles mais letrados poderão usufruir de um chuveiro elétrico e, provavelmente, de um vaso sanitário, algo bloqueado ao pessoal sem diploma universitário.

Essa diferenciação de benefícios para quem possui nível superior é um tanto estranha e reflete o apartheid que sempre houve no Brasil, ilustrado pela magnífica obra de Gilberto Freyre, Casa-Grande e Senzala.

Em relação à educação e os vasos sanitários, não é apenas nas prisões brasileiras que encontramos paralelo. É possível avaliar o grau de prosperidade de uma Nação pelos anos de estudo das suas crianças ou pela quantidade de lares com vasos sanitários, que representam acesso ao saneamento básico. Ambos significam inclusão social.

E de uma forma certamente irônica, a educação acaba sendo determinante para a posse de vasos sanitários. Para os pobres, a educação representa a possibilidade de ascensão social e consequentemente, uma vida com mais recursos, entre eles, o tal objeto.

E para aqueles que driblaram as leis, a educação garante um mínimo de conforto em sua "estada" na detenção, onde o vaso sanitário surge como item VIP.

Brincadeiras a parte, é importante ressaltar que a educação aumenta os horizontes e as oportunidades para as pessoas, facilitando sua cidadania.

Finalmente, a educação, ao criar uma sociedade mais protegida das escorregadas de seus líderes, pode viabilizar a redução da falta de decoro e  do desperdício dos recursos públicos, e, principalmente, minimizar os privilégios, nem que seja a existência do desejado ícone cerâmico, que certamente poderá ter como função complementar, permitir momentos de reflexão para aqueles que procuraram caminhos tortos para seus atos.

Que tal?



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