sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A Região Sudeste deverá se tornar um grande deserto em alguns anos



As florestas atuam como ar condicionado e umidificadores do ambiente. O Sudeste acabou com sua Mata Atlântica e agora sofre pelos impactos no desmatamento da Amazônia.

Especialista na relação da Amazônia com o clima, o agrônomo Antônio Donato Nobre faz conexões entre a seca no Sudeste e o desmatamento das florestas. Assustado com os mais de 200 artigos sobre o tema que leu em quatro meses para compilar o estudo "O Futuro Climático da Amazônia", lançado ontem, em São Paulo, Nobre garante que a mudança do clima já não é mais previsão científica, mas realidade. "Estamos indo para o matadouro", diz.

Nos últimos 40 anos foram destruídas 40 bilhões de árvores na floresta. "É o clima que sente cada árvore retirada da Amazônia", diz o pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Árvores amazônicas antigas produzem mil litros de água por dia. O ar úmido é também "exportado" para áreas como o Sudeste, com vocação para deserto.

Nobre, que vem de uma família de cientistas brasileiros, fez o estudo a pedido da Articulación Regional Amazónica (ARA), rede de entidades da sociedade civil dos nove países amazônicos.

O cientista defende que o desmatamento pare já - inclusive o permitido por lei - mas diz que isso já
não basta. É hora de lidar com o passivo ambiental e empreender o que ele compara a um "esforço de guerra" para replantar florestas e restaurar ecossistemas. Nobre reforça a ideia que não há antagonismo entre agricultura e conservação. "A agricultura consciente, se soubesse o que a comunidade científica sabe, estaria na rua, com cartazes, exigindo do governo a proteção das florestas e plantando árvores em suas propriedades."

O mais assustador é que apenas alguns cientistas e ambientalistas estão apavorados com as mudanças climáticas. Nossos empresários e políticos vivem a ilusão de que podemos continuar tratando o planeta como fazíamos nos anos 70 e o que importa apenas é crescer o PIB e aumentar a produção.

Precisamos de mudanças urgentes em nosso modelo econômico e isso irá descontentar muita gente, sem dúvida. Apenas quando a torneira secar de vez é que algum movimento efetivo talvez ocorra. Somos como sapos dentro da panela que esquenta gradativamente.


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Terapia Gerson cura qualquer doença com o uso de alimentação saudável




O texto abaixo é uma prova de que a cura para a maioria das doenças pode ser obtida apenas com hábitos saudáveis e sem a necessidade de tratamentos muitas vezes nocivos à saúde. Uma vida com alimentação adequada, atividade física, pouco stress e muito amor pode deixar as pessoas praticamente imunes às doenças. Vejam o exemplo da Terapia Gerson.

A Terapia Gerson é um poderoso tratamento natural que permite que os mecanismos de cura do nosso próprio corpo atuem.

Quando foi apresentada ao mundo pelo médico alemão Max Gerson esta terapia alimentar estava tão à frente do seu tempo que não havia praticamente nenhum estudo disponível na literatura científica que explicasse como ela podia conduzir a espantosas curas, quer em doenças crónicas quer infecciosas. Apesar disso, e pelo fato de tantas pessoas terem sido curadas de casos avançados de tuberculose, câncer, doenças de coração, cancro e muitas outras doenças, a Terapia Gerson estabeleceu-se como uma enorme contribuição para a medicina.

Desde que começou a aplicar o seu tratamento, nos anos 20, Gerson tratou muitas centenas de pacientes e continuou a desenvolver e refinar a sua terapia até ao dia da sua morte, em 1959, com 78 anos.

O seu paciente mais famoso foi o Dr. Albert Schweitzer, filósofo, teólogo e médico missionário, que aos 75 anos sofria de diabetes avançado. Gerson tratou-o com a sua terapia e Schweitzer curou-se por completo, voltou ao seu hospital africano, ganhou o prémio Nobel da Paz aos 77 anos e trabalhou até aos 90.

Mais de 200 artigos de respeitável literatura médica e milhares de pessoas curadas das suas doenças “incuráveis” documentam a eficácia da Terapia Gerson. A Terapia Gerson é um dos poucos tratamentos que tem mais de 60 anos de história de sucesso.

A Terapia

A dieta Gerson é naturalmente rica em vitaminas, minerais, enzimas e líquidos. É extremamente baixa em sódio e gorduras.

Tipicamente, um paciente Gerson tem a seguinte dieta diária:

– 13 copos de sumo: de cenoura, cenoura/maçã e de vegetais de folhas verdes preparados de hora a hora, a partir de produtos biológicos e frescos.

– 3 refeições totalmente vegetarianas, igualmente a partir de produtos biológicos e frescos, preparadas com vegetais, cereais integrais e frutas…
Uma refeição típica inclui: uma salada variada, vegetais cozidos, batata assada, sopa e sumo. Tudo sem sal.

– fruta fresca e biológica sempre disponível, como complemento à dieta.

A Terapia Gerson procura regenerar o corpo para a saúde, estimulando o metabolismo inundando o corpo diariamente com nutrientes de cerca de 8 quilos de vegetais e frutas cultivados biologicamente.

Para maiores informações, acessem: http://terapiagerson.wordpress.com/

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O tipo 6 no eneagrama


O tipo 6 no eneagrama também faz parte do grupo da razão, que também possui os tipos 5 e 7. Este grupo busca entender o mundo para diminuir a sua ansiedade caraterística e o tipo 6 por ficar no meio dos outros dois, sofre pressão dupla, o que o torna o mais ansioso tipo dentro do eneagrama.

O tipo 6 possui o perfil intro/extrovertido e busca regras e procedimentos para ficar mais seguro sobre o caminho a seguir. Ansiedade é a mãe da insegurança. Logo, quem é muito ansioso costuma ter dificuldades para tomar decisões.

A busca por um caminho seguro faz com que o tipo 6 seja o mais fiel dos amigos, pois seu networking faz parte do seu projeto de manter as coisas seguras e no seu lugar.

Dicas para o tipo 6

Arrisque! Mude sua rotina! Faça da sua vida uma eterna aventura. O mais interessante é que estas dicas são coisas inusitadas para o número 6, mas é um mundo fácil para o tipo 7, que iremos ver em seguida.

O eneagrama é uma fonte de múltiplas possibilidades e o caminho, ao trilharmos estas jornadas, poderá nos abrir visões que não tínhamos e isto nos torna pessoas mais versáteis e flexíveis.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Veja como passar de endividado a investidor


Você tem um salário legal, mas vive estourado no cheque especial e no cartão de crédito? Será que é porque você ganha pouco? Normalmente não. O motivo é que provavelmente você não tenha controle dos seus gastos. É um comprador impulsivo.

Existem três perguntas que você deve fazer antes de comprar alguma coisa.

Primeira pergunta: preciso deste bem? Somente ao responder esta questão, tenho certeza que metade das coisas que você compra podem ser evitadas. Compramos movidos pela emoção, muitas vezes visceral, em vez de pensarmos como gente grande. Será que realmente preciso trocar de carro ou celular?

Segunda questão: posso comprar este bem? Será que seu orçamento comporta mais um item? E suas outras contas? Se você tiver o hábito de fazer um orçamento doméstico, dificilmente cairá na tentação de comprar algo que não pode. E não caia no papo de "parcelar no cartão", porque quando você menos perceber, estará com um monte de coisas para pagar na fatura do próximo mês.

Terceira questão: este bem é prioridade para mim? Lembre-se que nossas necessidades são quase infinitas. Será que aquele sapato que você viu na vitrine é mais importante que pagar a prestação do curso de inglês? Se você pensar por prioridades, gastará somente naquilo que vale a pena.

O resultado de uma vida mais controlada é que você começará a gerar poupança e passará de endividado a investidor. Com isso, você criará um patrimônio, que pode ser um imóvel, um carro ou mesmo um patrimônio cultural, como viagens e cursos no exterior.

E não se esqueça que todos nós iremos envelhecer e chegar lá sem dívidas e com uma poupança para os problemas que a terceira idade traz fará de você uma pessoa com mais dignidade e sem depender dos outros para viver. Isto ocorre com muitos idosos atualmente.

Boa sorte e bons investimentos!

Para maiores informações sobre educação financeira, acesse meubolsoemdia.com.br

Como será o Brasil nos próximos quatro anos?


Hoje a Bolsa despencou, muitos brasileiros dizem que sairão do Brasil, o mercado financeiro está nervoso, mas na prática, sabemos que tudo isso é retórica e parece uma reprise da primeira eleição de Lula. A partir do momento que ele mostrou uma cara mais digerível pelo mercado, as coisas se acalmaram e ele até ficou amigo no status quo.

Mas o que queremos para o Brasil? Sempre dissemos neste blog que as duas propostas apresentadas não nos animavam muito, pois eram velhas receitas para um novo tipo de doente.

No Brasil e no mundo, não basta mais o esforço dos economistas para continuar fazendo com que as economias cresçam, pois isto já mostrou que não resolve os desafios da nossa realidade.

O PSDB, com seu discurso moralizante, baseado na meritocracia não cativou aquele grupo que precisava ao seu lado. Mas o que é mesmo "meritocracia"?

O PT em doze anos atendeu camadas antes marginalizadas da população, mas manteve o Estado engessado e o país emperrado. Ações verdadeiramente modernizantes foram quase nulas e os indicadores atuais não mostram um futuro animador.

Marina poderia ter sido uma novidade com conteúdos inéditos para a vida pública, mas foi trucidada pelo rolo compressor do sistema político e das máquinas partidárias.

As questões da agenda do futuro, não passaram nem por perto dos assuntos tratados nas campanhas do segundo turno, como por exemplo, a sustentabilidade no uso dos recursos naturais, o atraso cultural crônico do país, a vergonhosa disparidade social e nossa baixa performance produtiva.

Vivemos uma crise de gestão? Talvez sim, mas a pergunta é: gerir para quem? Como esta gestão irá impactar as gerações futuras? A riqueza poderá um dia ser dividida de forma mais inteligente? Isto é, a riqueza será vista como um recurso natural para levar as sociedades à prosperidade plena, ou seja, econômica, social, política, cultural e espiritual?

Parece que estas questões estão longe de se tornar prioritárias. Ainda vivemos o calvário do PIBinho, inflação em alta, carga tributária sufocante e desmoralização da coisa pública.

Não será um partido que colocará o Brasil numa trilha de esperança, e sim, as atitudes daqueles que possuem recursos para mudar o país. Isto é, precisamos de uma agenda nacional a ser tratada por pessoas que até hoje foram marcadas pelo corporativismo e visão "jeca" de mundo.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Por que as pessoas procuram sentar longe umas das outras?



Estou neste momento esperando meu voo de volta pra São Paulo, aqui em Brasília e percebi a forma engraçada que as pessoas escolhem um lugar nos bancos de espera. 

Primeiro as pessoas escolhem um dos cantos dos bancos. Quando todos primeiros cantos estão preenchidos, as pessoas escolhem o outro canto. Depois os lugares no meio e somente quando não é mais possível evitar, escolhem um banco ao lado de alguém.

Por que isso ocorre? Será que é o medo de ser assediado ou do outro pensar que você vai assediá-lo? Ou será que é vontade de ficar sozinho mesmo? Ou é uma mera timidez e na verdade as pessoas gostariam de puxar assunto e dar risadas juntos?

Tenho um amigo que puxa conversa com qualquer pessoa em todos os lugares. Ele é muito popular e adora fazer amigos. Para ele, criado no interior, não faz sentido perder a chance um bom papo, seja com quem for.

Cada vez parece que nos isolamos mais. Além do nosso pequeno núcleo familiar, o resto do mundo parece um grande aeroporto cheio de pessoas desconhecidas e desinteressantes que rumam sei lá pra onde.

Dá pra mudar isso? Meu amigo acha que sim. Ele receita: basta pensar em algum assunto qualquer e conversar com a pessoa mais próxima. Ele conta que conheceu histórias e pessoas incríveis, fazendo isso.

Vamos experimentar? Vou começar agora com a senhora que sentou ao meu lado...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Lata d'água na cabeça... É um paulista, é um paulista...



Traga-me um copo d'água, tenho sede
E essa sede pode me matar
Minha garganta pede um pouco d'água
E os meus olhos pedem o teu olhar

Se São Pedro não ajudar, olê, olê, olá, o pau vai quebrar!

Quem poderia imaginar um caminhão cheio de retirantes paulistas, buscando um lugar menos seco para morar?

Imaginem a rodoviária de Aracajú, Recife e João Pessoa cheia de paulistanos desembarcando à procura de um pedaço de chão menos seco para poder viver...

Os restaurantes da Grande São Paulo somente servirão carne seca...

As filiais que engarrafam água em São Paulo agora terão porta eletrônica, vigia e detector de metais...

Banho será um ritual dominical, regado a regador. Haja lencinhos umedecidos...

E no vão do Masp, caminhões pipa irão distribuir água para a população, que virá com lata d'agua na cabeça...

O Bacen irá lastrear o dólar ao barril... não de petróleo... e sim, de água...

Comida desidratada não será mais um artigo de luxo...

Piscina vai virar caixa d'agua.

No supermercado: "senhor, gostaria de uma garrafa de água de segunda... e sem volume morto, tá?"

No Shopping Iguatemi, ao lado da Tiffany, uma loja toda blindada e extremamente sofisticada: "Lindoya's Place"...

Lavar o carro então? Agora temos uma boa desculpa para não faze-lo.

E quem vai pagar o pato? Pagar não é problema, o pior será pô-lo para nadar...

Esta eleição mostra a divisão do país e cada parte pensa apenas em seus interesses


O mapa das eleições parece ter se dividido o Brasil. Tem o pessoal no Norte/Nordeste contra o Sul/Sudeste. Empresários, classes A/B contra parte da nova classe média, D/E e beneficiários do bolsa família. Ricos contra pobres?

Aécio tem o voto dos mais endinheirados: empresários, classes A e B, pessoal do Sul e Sudeste, que está indignado com a corrupção, com o PIBinho, com a volta da inflação e com a estagnação econômica.

Já Dilma conquistou os menos favorecidos: a nova classe média, classes D e E, beneficiários do bolsa família, grande parte do funcionalismo público, gente que viu sua renda aumentar sensivelmente na última década, que teve acesso ao crédito e que equipou suas casas e encheu suas geladeiras.

Mas isso tudo faz sentido? Sim, faz todo o sentido.

As pessoas não costumam votar pensando no país e sim olham apenas para seus interesses imediatistas. Se a coisa está boa para elas, vamos continuar do jeito que está. E isso não ocorre apenas entre os humildes. É um fenômeno que não perdoa classe social nem nível de instrução.

Para os empresários, se o câmbio está favorável, a carga tributária não os está estrangulando e a economia está aquecida, vamos deixar tudo como está! Questões como a corrupção, mudanças climáticas e um projeto para o país ficam para os intelectuais discutirem.

As classes A e B, que historicamente nunca viram com bons olhos um partido sindical, querem poder andar com seus carrões "insulfilmados" pelas ruas das grandes metrópoles, sem serem importunados pelo povo do "alheio", além de poderem viver suas vidas de consumo sofisticado, viagens internacionais e boas escolas. Se existe desigualdade, fome e desesperança, é culpa do governo! Aquele grupo de políticos que não faz aquilo para o qual que foram eleitos!

Já os mais pobres, que não tiveram acesso aos benefícios mais simples que a economia moderna deveria trazer, deleitam-se com o consumo inédito, com as carnes e os carnês, com o turismo agora possível e com a esperança de um futuro próspero para seus filhos. Se a forma de obterem estes novos privilégios é a falta de gestão da coisa pública, o clientelismo e a perda de rumo da economia, isso não é muito importante, porque isso sempre foi assim!

Então, cada um vota no projeto que representa a continuidade do sem bem-estar. A falta de uma visão de Nação é que fez o Brasil patinar, enquanto seus vizinhos decolam. 

Nenhum dos dois candidatos irá fazer as mudanças estruturais que o país necessita. A burocracia e a busca por apoio político irá lotear o Brasil mais uma vez. Além disso, mudar significa perdas de privilégios para muitos setores. E quem vai aceitar isso?

Como incluir na agenda as novas questões mundiais se nossos economistas ainda propagam o discurso dos anos 70: crescimento, emprego e inflação, apenas?

Mas temos que ir as urnas domingo, tendo a certeza que a briga real começará na próxima segunda feira.



domingo, 19 de outubro de 2014

O que fazer quando você não gosta das opções que lhe foram dadas?


Você já sentiu a sensação de que as opções que lhe são dadas não cheiram bem? E nesse momento dá vontade de chutar tudo pra cima e não escolher opção alguma?

Bem, amigos, sempre me disseram que o tal do livre arbítrio existe para que a gente tome o caminho que quiser. O problema é que as escolhas normalmente não são óbvias. Parece até que estão nos pregando uma peça ao deixar nas nossas mãos a escolha entre o roto e o esfarrapado.

Fico mais preocupado ainda quando a escolha é óbvia demais. Quando querem nos convencer que só existe um caminho, que é bonito, cheiroso, moderno e edificante. Enquanto o outro é espinhoso, retrógrado e desmoralizante.

Uma coisa que me deixa muito desconfiado é quando tentam me vender algo como sendo moderno, inovador, inédito, mas que parece não passar de uma casa mal reformada, sem bases sólidas e feita por engenheiros, arquitetos e pedreiros que você conhece bem e sabe que suas obras anteriores não tinham nada de excepcional e sim, criaram uma rua esquisita, com violência, fome, grandes desigualdades e que parece terminar em um beco sem saída.

E quando você analisa a opção a ser exorcizada, realmente não dá vontade de comprá-la de jeito algum. Pois também lhe foi vendida como novidade, o caminho do belo e do inusitado, mas quando você entra nessa casa, percebe que foram usados os mesmos materiais, acabamento duvidoso e que pertence a uma rua da qual a maioria dos moradores já se mudaram.

E o que fazer? Não tomar decisão alguma? Pode ser, mas isso já é uma decisão, você sabe.

Talvez seja melhor andar um pouco mais pelas duas ruas, olhar as casas, os vizinhos, ver se você gostaria de voltar a morar naquele bairro que você conhece bem e não o satisfez, ou se vai continuar na casa atual, com os mesmos vizinhos e ver se lá, conseguirá ser feliz.

Não sei ainda o que fazer, mas certamente não será a pressão dos amigos, colegas de trabalho, parceiros e demais asseclas que me farão escolher, porque depois, serei eu quem aguentará as consequências da casa e da rua que morarei.

Será que na casa ideal passa o caminhão de pamonha? Pamonha, pamonha, pamonha...

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Um líder autoritário também pode ser um bom líder?


Um líder autoritário também pode ser um bom líder? Cuidado antes de responder, pois a resposta pode não ser óbvia.

As organizações são construídas baseadas em modelos hierárquicos autoritários, onde a posição no organograma dita o que pode ou não ser feito. As pessoas em geral estão acostumadas e pedir aprovação do "chefe" antes de tomar alguma decisão, pois foram "treinadas" a fazer assim e dessa forma, não correm riscos.

A postura autoritária normalmente ocorre quando o líder não está seguro da capacidade da sua equipe e esta situação é cada vez mais comum, pois as fusões, aquisições e rotatividade criam grupos muito mutáveis e o próprio líder também troca bastante de emprego ou posição.

As mudanças constantes aliadas à pressão por resultados de curto prazo fazem com que o líder centralize nele as decisões e riscos, criando uma equipe subserviente. Mas isso não quer dizer o que o líder não possa conseguir bons resultados. Aliás, acredito que na maioria dos casos, é uma postura autocrática que gera melhores resultados de curto prazo e as pessoas são valorizadas e remuneradas no curto prazo, não são?

Mas como fica a equipe? Um líder autoritário também pode ser um líder educador? Talvez possa, mesmo que de forma meio "torta". Descobri que é possível também aprender muito com os líderes e não apenas o inverso. Muito do estilo de trabalho de todos nós foi forjado com aquilo que assimilamos dos líderes que tivemos.

Acredito que iremos conviver com uma hegemonia autoritária nas lideranças organizacionais e isto mudará apenas quando os modelos de gestão criarem estruturas mais horizontais, onde o aprendizado seja um pilar realmente valorizado. Sugiro a leitura de um post anterior que trata das quatro dimensões da liderança educadora.

A maturidade e preparo da equipe certamente influenciarão do estilo mais ou menos autoritário dos nossos líderes. A capacitação das lideranças também repercute no seu estilo, mas é preciso que os especialistas em educação corporativa tenham consciência que não adianta passar um discurso na sala de aula se a organização incentiva outra forma de ser no dia a dia.

Educar um líder é um processo estratégico que deve estar ligado à forma de fazer negócio da organização. Então, os educadores devem ser pessoas de influência na estratégia competitiva. Se isto não ocorrer, continuarão apenas buscando programas de formação impactantes, mas muito desimportantes.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Por que adultos são ensinados como crianças?


A coisa mais comum em educação de adultos nos dias atuais é ver uma classe lotada de alunos com um professor a frente, cuspindo matéria na galera que de forma resignada tenta acompanhar o mestre ao mesmo tempo que enche seus cadernos com informação ( e não conhecimento).

Mas por que até hoje os alunos adultos ainda são tratados como crianças?

Os motivos são vários. Primeiramente, os professores não conhecem outra forma de ensinar. Aprenderam assim e reproduzem o modelo expositivo de conteúdos. No qual, como dizia Paulo Freire, os alunos fazem o papel de depósito de dados, sem que haja uma utilidade prática para aquilo.

Em segundo lugar, as escolas não possuem um formato adequado aos alunos. As mesmas classes que recebem crianças pela manhã, atendem os adultos a noite. Mesmo formato, mesma metodologia e resultados muitas vezes iguais ou nulos.

Em terceiro lugar, o sistema educacional parece que não foi feito para mudar as pessoas e sim, para deixa-las conformadas a sua sorte. Os alunos existem para aprender aquilo que os tornará padronizados e não agentes de mudanças que irão questionar o status quo.

Finalmente, os indicadores de desempenho pelos quais as escolas e os professores são avaliados não conseguem medir a qualidade daquilo que está sendo ensinado. Não conheço um professor que seja cobrado por inovação didática ou pelas mudanças que seus ensinamentos farão no mundo. Mas são cobrados por quantidade de publicações (aqueles famosos artigos científicos que ninguém vai ler).

Precisamos de reformas urgentes no ensino de adultos. O conhecimento deve estar disponível em plataformas a distância as quais os alunos possam acessar a qualquer instante. O professor deveria instigar os alunos, trazendo provocações e incentivando a criação de projetos que transformassem a realidade.

Comunidades de práticas, coaching, mentoring, psicodramas, assessment são instrumentos muito mais eficazes que aulas expositivas, mas isso exige um novo professor, um novo aluno, uma nova escola e o um novo sistema educacional.

Alguém poderá pensar que na educação corporativa as coisas são muito diferentes, mas na prática é quase o mesmo modelo, porque em muitos casos, este tipo de educação não foi idealizado para mudar as cabeças das pessoas também.

Fica o consolo que existe uma grande avenida de oportunidades. Quem quiser arregaçar as mangas e propor novas metodologias... O caminho está aberto.



segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Erros mortais em uma entrevista de emprego


O blog Liderança Educadora criou este pequeno sumário de situações que você deve evitar em uma entrevista de emprego. Leia com atenção, pois isto pode valer a você seu tão desejado emprego!

1. Seja firme e empático no primeiro contato com o entrevistador. Sorria e olhe com firmeza nos olhos, mostrando personalidade, energia e segurança. Seu emprego poderá morrer num aperto de mão frouxo (também não precisa esmagar a mão da pessoa! rsrs).

2. A escolha da roupa também é importante. Se a vaga for para uma instituição financeira, por exemplo, não adianta inventar. Use terno azul marinho com camisa branca e gravata discreta. As mulheres com o equivalente feminino.

3. Cuidado com o português! É comum e errado, frases como "Estou "meia" confusa", "Que "seje" assim", "Pra "mim" fazer", "Houveram situações", etc.

4. Um bom currículo deve ter no máximo três páginas. Esqueça detalhes desnecessários e redundância.

5. Aprenda inglês!!! Se você economizar em outros gastos, conseguirá pagar um bom curso de inglês para você. Falar que seu inglês está "enferrujado" não irá adiantar nada.

6. Estude o mercado, clientes e produtos do seu novo empregador. Formule algumas ideias ligadas às atividades da empresa. Acredite, quase ninguém faz isso!

7. Seja franco e honesto quanto aos motivos de saída do seu último emprego, mas jamais deprecie seu último empregador. Isso irá matar suas chances.

8. Tenha no mínimo três boas referências para que o entrevistador possa ligar e perguntar de você. Preferencialmente, antigos chefes que você teve na vida.

9. Leia sobre política, economia, gestão de pessoas, etc e tenha opiniões bem embasadas sobre a situação atual. Os candidatos normalmente se esquecem disso.

10. Tenha a resposta para a seguinte pergunta: você aceitaria este emprego sem receber nenhuma remuneração, caso pudesse? Esta pergunta irá mostrar se você trabalha por uma causa maior do que simplesmente ganhar dinheiro. Todos deveriam saber responder esta pergunta.

Conseguir um bom emprego não é sorte e sim técnica e preparo. Os líderes educadores sempre precisarão de bons profissionais para mudar o mundo, juntamente com eles.



domingo, 5 de outubro de 2014

Carta a Eduardo Campos


Eduardo, gostaria que você perdoasse o povo brasileiro. 

Perdão porque mostramos que não conseguimos pensar em um novo caminho para nosso país. Novamente ficamos restritos à velha disputa PT x PSDB. Ganhe quem ganhar, o Brasil será o mesmo, pois as fórmulas não mudam. 

Perdão porque nem os empresários nem os trabalhadores conseguem desenhar um projeto de desenvolvimento para o país. Ficamos reféns de um sindicalismo antigo que briga por causas ultrapassadas e de uma classe empresarial que enxerga apenas o seu umbigo, financia campanhas de políticos que melhor possam atender seus interesses, por mais que não sejam os interesses da população.

Perdão porque o marketing político venceu novamente. O bonitinho e a durona colocaram sua máquina milionária na rua. A ética foi arranhada, mas não vencida.

Perdão porque teremos que aguardar mais algum tempo para construir um projeto de futuro, como ocorreu durante décadas na época da UDN e do PTB, que agora ressurgem travestidos.

Iremos continuar nossa jornada porque existem muitas pessoas preocupadas com a fome, com as mudanças climáticas, com a educação que escraviza em vez de libertar e com um país que tenta colocar no consumismo e na exploração da nossa Pacha Mama os remédios para aquilo que foi criado pela pouca inteligência daqueles que não nos representam.