domingo, 19 de outubro de 2014

O que fazer quando você não gosta das opções que lhe foram dadas?


Você já sentiu a sensação de que as opções que lhe são dadas não cheiram bem? E nesse momento dá vontade de chutar tudo pra cima e não escolher opção alguma?

Bem, amigos, sempre me disseram que o tal do livre arbítrio existe para que a gente tome o caminho que quiser. O problema é que as escolhas normalmente não são óbvias. Parece até que estão nos pregando uma peça ao deixar nas nossas mãos a escolha entre o roto e o esfarrapado.

Fico mais preocupado ainda quando a escolha é óbvia demais. Quando querem nos convencer que só existe um caminho, que é bonito, cheiroso, moderno e edificante. Enquanto o outro é espinhoso, retrógrado e desmoralizante.

Uma coisa que me deixa muito desconfiado é quando tentam me vender algo como sendo moderno, inovador, inédito, mas que parece não passar de uma casa mal reformada, sem bases sólidas e feita por engenheiros, arquitetos e pedreiros que você conhece bem e sabe que suas obras anteriores não tinham nada de excepcional e sim, criaram uma rua esquisita, com violência, fome, grandes desigualdades e que parece terminar em um beco sem saída.

E quando você analisa a opção a ser exorcizada, realmente não dá vontade de comprá-la de jeito algum. Pois também lhe foi vendida como novidade, o caminho do belo e do inusitado, mas quando você entra nessa casa, percebe que foram usados os mesmos materiais, acabamento duvidoso e que pertence a uma rua da qual a maioria dos moradores já se mudaram.

E o que fazer? Não tomar decisão alguma? Pode ser, mas isso já é uma decisão, você sabe.

Talvez seja melhor andar um pouco mais pelas duas ruas, olhar as casas, os vizinhos, ver se você gostaria de voltar a morar naquele bairro que você conhece bem e não o satisfez, ou se vai continuar na casa atual, com os mesmos vizinhos e ver se lá, conseguirá ser feliz.

Não sei ainda o que fazer, mas certamente não será a pressão dos amigos, colegas de trabalho, parceiros e demais asseclas que me farão escolher, porque depois, serei eu quem aguentará as consequências da casa e da rua que morarei.

Será que na casa ideal passa o caminhão de pamonha? Pamonha, pamonha, pamonha...

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