quarta-feira, 30 de julho de 2014

Como seria o mundo sem luzes nos cabelos femininos?



É difícil imaginar um mundo no qual as mulheres não tenham luzes nos cabelos. Eu mesmo já não me lembro do tempo do "permanente" que deixava os cabelos crespos ou do "laquê" que criava verdadeiros capacetes nas cabeças femininas. Podia chover, ventar que os penteados não se incomodavam. Ficavam serenos e imóveis.

Isso é tudo coisa do passado. Isso tudo foi substituído pelo louro degradê, que realmente cria um bonito visual, por mais que esteja presente em todos os tipos de madeixas. Não adianta procurar, você não encontrará cabelos de mulheres sem luzes. Conforme-se...

Pesquisando um pouco sobre o assunto, descobri que existem vários tipos de luzes. Existem as luzes "malibu", no qual as mechas são feitas puxando a cor desde a raiz até as pontas. Tem também o estilo "carioca", onde existem diferentes tonalidades e o tom mais claro tinge os cabelos da metade para baixo. Não esqueça também o "saint-tropez", que cria mechas coloridas cinco dedos da raiz até as pontas. Mas, no universo pragmático masculino, tudo é a mesma coisa, por mais que mulheres gastem horas nos salões de beleza.

É possível afirmar que o movimento das luzes criou um mercado ainda em expansão. Cada quarteirão em qualquer bairro da cidade deve possuir de cinco a dez salões de beleza. Alguns na garagem da casa, outros na edícula. O que importa é que dominem a técnica das mechas douradas.

Os homens não podem criticar tal situação, pois vivem a ditadura dos ternos azul-marinho, dos sapatos pretos e das camisas brancas. A diferença é que o motivo feminino é mais nobre, pois está ligado à beleza e sedução.

A pergunta que martela, é o que aconteceria com uma mulher que não fizesse luzes? Existe espaço para isso? Ela conseguiria criar vínculos sociais? E os homens "desenternados"? Sobreviveriam no ambiente corporativo? Por mais que já exista o estilo "casual", a alma ainda é azul-marinho.

Tudo pode parecer sem importância, mas vivemos para sermos aceitos em nossos grupos. Queremos o sentimento de pertencimento e por ele iremos sempre lutar. Isto cria modas, tendências, estilos e mercados. Quantas pessoas largaram seus empregos e abriram salões de beleza?

Talvez as lideranças educadoras tenham o papel de reverter os padrões e unanimidades. A inovação e o inusitado dependem disso. É busca de espaço com um jeito instigante e provocador. Rita Lee com seu cabelo vermelho foi um ícone do modo rebelde e suas músicas refletiam isso.

Existe a possibilidade para vários tipos de reflexos. Reflexos do Eu. Reflexos do Amanhã. Reflexos das mechas douradas. Reflexos da Alma Indomada. Ovelha Negra?








segunda-feira, 28 de julho de 2014

O tipo 2 no eneagrama


O tipo 2 do eneagrama pertence ao grupo das emoções e luta por ser amado. Sua forma de tentar esta tarefa inglória é ajudando os entes queridos, mesmo quando não querem ou não precisam. Não consegue deixar os filhotes saírem da sua proteção e acabam afugentando as pessoas ou criando seres dependentes.

A grande busca espiritual para o tipo 2 é entender que antes de mais nada, ele deve amar a si próprio e não esperar isso dos outros, pois é decepção na certa. O nosso valor é interior e não pode ser projetado nos outros.

Dica para o 2

Pense no melhor para você e tente ficar sozinho e fazer coisas desacompanhado. No início vai ser duro, mas aos poucos isto o libertará da dependência dos outros.

O tipo 2 com sua energia de ajuda bem canalizada pode ser um grande líder educador, desde que seu amor seja incondicional. O bom mestre não sufoca seu aprendiz. O bom parceiro deixa seus entes queridos caminharem com as suas próprias pernas. Isso é amar de verdade.

sábado, 26 de julho de 2014

Suor Cristina, girls just want to have fun!




Na audiência às cegas do programa “The Voice” da Itália em 2014, uma pequena freira de 25 anos apresentou a música "No One" de Alícia Keys. Os quatro jurados não acreditavam no que viam, quando viraram suas cadeiras. Como uma freira poderia cantar com tanta alegria e espontaneidade. E o recolhimento e o silencio próprios das religiosas?

Após uma juventude de rebeldia contra a Igreja, a Irmã Cristina Scuccia converteu-se em um musical feito na sua paróquia e decidiu tornar-se membro das Irmãs Ursulinas da Sagrada Família de Milão, cidade onde vive atualmente. Antes de tomar sua decisão vocacional, a jovem ficou dividida entre continuar seus estudos universitários de Belas Artes ou entrar no convento. Logo ela encontrou na música, cantando na Igreja, a forma de evangelizar e compartilhar seu talento artístico.

Uma das juradas, Rafaella Carrà perguntou: “E o que você acha que o Vaticano vai achar de sua participação no The Voice”?

Com muito bom humor a Irmã Cristina disse: “Eu acho que receberei uma ligação do Papa Francisco! Ele mesmo tem-nos convocado a sair das igrejas e dos conventos para evangelizar... É por isso que estou aqui, para mostrar que Cristo não nos tira nada, Ele nos dá ainda mais”.

Irmã Cristina representa muito neste mundo meio sem sentido. Ela é a possibilidade da alegria de mãos dadas à Fé. Porque a espiritualidade tem que ser sofrida, com recolhimento e silêncio? Por que não, uma vida religiosa cheia de música, dança e felicidade? Não vou nem falar em sexo para não polemizar ainda mais...

A jovem Cristina também nos mostra que as organizações precisam se reinventar. Não é possível que ambientes desinteressantes e pessoas entediadas seja a forma predominante das nossas entidades com CNPJs. É preciso achar espaço para a alegria, que somente existe quando existe significado naquilo que fazemos.

Para Francisco é uma pessoa alegre. Irmã Cristina segue a mesma trilha. Gosto de observar as pessoas pela manhã quando estou indo ao trabalho. A maioria delas possui semblantes carregados, feições pesadas, parecendo hipnotizadas. Parece que rumam adormecidas para o calvário dos escritórios.

Lembro também que na minha infância, estudava em uma escola de freiras. Poucas sorriam. Lembro-me de apenas uma, que também gostava de cantar. Estava sempre com um violão. A música insiste em nos inspirar a sairmos do papel de vítimas e curtirmos a vida como vocalistas.

As lideranças educadoras são pessoas alegres e bem humoradas, porque adoram o que fazem. Encontram sentido e espalham este significado aos diversos cantos que passam. E cantam, encantam...

Vejam Cristina interpretando “Girls just want to have fun”. Você tem razão, Cris, precisamos nos divertir. As segundas pela manhã precisam se transformar em descontraídas sextas a tarde.
 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dona Maria Luiza, uma líder educadora


Amanhã, 26 de julho, é o dia dos avós. Nada melhor do que falar sobre a minha querida avó, Dona Maria Luíza, que também era uma líder educadora.

Como muitas outras avós, Dona Maria, nasceu em uma pequena cidade do interior de São Paulo, não tendo acesso à educação formal e a nenhuma das facilidades das meninas de hoje. Casou-se muito cedo com meu avô, Seu Irineu, um jovem trabalhador, que também teve as mesmas dificuldades que ela.

Dona Maria sempre foi uma pessoa com sede de conhecimento e igualmente as outras mulheres da sua idade, encontrou na Igreja a forma de poder participar da vida social e espiritual. Liderou a comunidade de Braz Cubas, Mogi das Cruzes por muitas décadas.

Minha avó comandava as inciativas comunitárias para ajuda aos mais necessitados e era a grande líder da minha família também. Em volta da Dona Maria, tudo acontecia. Sempre sob a sua liderança.

Ela educou quatro filhos, dezenas de netos e bisnetos. Dona Maria não mora mais aqui conosco, mas não tenho dúvidas que no Plano que hoje habita, está coordenando trabalhos, missões e servindo de inspiração pra muita gente.

Um líder educador não precisa de muitos recursos para educar seu grupo. Precisa de determinação e foco e as coisas acontecem naturalmente. Hoje temos Internet, aprendemos a ler com cinco anos e a vida é bem mais fácil. Os líderes da época da minha avó tinham que lutar muito para aprender a ler e se fossem mulheres, precisavam de força e criatividade para descobrirem seu espaço na sociedade.

Hoje, as lideres educadoras conseguem contribuir socialmente sem a necessidade de tanto sacrifício e atuam em todas as esferas. A liderança não pode prescindir da dimensão feminina, a fim de que liderar não seja apenas um processo competitivo sem rumos e sim, um trabalho continuo de construção, diversidade e conexão com o Todo.

Um beijo, Dona Maria!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Eta estratégia ordinária!



Gosto de dormir assistindo meus vídeos preferidos no youtube. Este canal sempre se posicionou como uma opção livre para acesso às nossas músicas e filmes preferidos. Sei que uma empresa vive de receita e é preciso encontrar formas de rentabilizar um negócio.

Contudo, esta brilhante ideia de disparar um anúncio antes do nosso vídeo funciona como um antimarketing. Todos os anúncios se caracterizam pelo bom humor e excesso de barulho. Talvez, porque eles pensem que seus usuários ou clientes são crianças que se prendem a coisas barulhentas ou engraçadas.

Após fazer meditação, coloquei um dos vídeos preferidos de mantras, que gosto muito. Com os olhos fechados, esperando ouvir a voz angelical da contora Deva Premal, quase caí da cama quando o youtube resolveu colocar o anúncio do "compadre washington" falando pro marido não confiar na "ordinária". 

Será que o youtube não possui nenhum sistema para filtrar ou tentar associar o vídeo demandado ao anúncio disparado?

Parece que nossos profissionais de marketing não conseguem descobrir uma forma criativa e menos invasiva de rentabilizar suas empresas que não seja com advertising, ou propaganda, ou comerciais, ou como se dizia no passado, com "reclames". 

Se o marketing buscasse oferecer serviços aos seus clientes em vez de bombardeá-los com lixo, não seria melhor? Talvez oferecer uma banda melhor para assinantes ou suporte técnico diferenciado?

Sei que pensar cansa, mas sair do lugar comum pode ser o caminho para termos empresas menos "ordinárias"....

You, não nos "entube", please!


terça-feira, 22 de julho de 2014

Especismo, você sabe o que é isso?


Domingo, no Fantástico, foi apresentada uma matéria que denunciava a morte em massa do boto rosa para utilizar sua banha na pesca de um peixe na região amazônica, chamado piracatinga. A matéria chocou a todos, pois o boto é um animal fabuloso e muito inteligente.

O que mais chamou minha atenção na matéria é que o jornalista, indignado, comenta que a banha do boto poderia ser substituída pela banha do porco. "Por que isso não era feito"? Indagava o profissional da mídia.

Por que usar a banha do porco não nos chocaria, enquanto fazer o mesmo com o boto nos causa indignação? O nome disso é "especismo", ou seja, o comportamento diferente em relação à ética para diferentes tipos de espécies animais.

Ué, mas o porco não foi feito para nossa alimentação? Não, não foi. Isto é apenas uma referência cultural que nos faz aceitar o massacre de algumas espécies em relação a outras. Como podemos ter amor e compaixão com algumas espécies e não sentirmos nada por outras? Cultura, pura cultura.

Aliás, o porco é um dos animais mais inteligentes entre as espécies animais. Não deixa a desejar em relação a um cachorro ou gato. E para nós, o comportamento chines de comer nossos "pets" é algo abominável.

Pessoas que dizem gostar de animais deveriam protege-los e não come-los. Faz todo o sentido, não faz?

O mais absurdo, foi uma entidade de proteção aos animais, fazer uma feijoada beneficente na tentativa de buscar fundos para os cães e gatos abandonados.

Definitivamente, os animais não foram criados para servir aos homens. Esta é uma visão arcaica e retrógrada, similar aos argumentos dos escravocratas do século 18.

Os animais são seres maravilhosos, sensíveis e possuem os mesmos direitos dos seres humanos, em relação à vida. Hoje, não há a menor necessidade de nos alimentarmos de carne. Apenas animais carnívoros possuem esta necessidade.

Vejam os argumentos para defender a escravidão, divulgados no século 18. Note a semelhança com a matança dos animais...

"Os escravos são seres inferiores"

"Os escravos existem para servir seus donos"

"Os escravos não têm alma"

"Os escravos não tem consciência"

"Se libertarmos os escravos, a economia entrará em colapso"

"Eu até sou contra a escravidão, mas sempre foi assim..."




segunda-feira, 21 de julho de 2014

O medo de ousar


Por que as organizações quando estão em dificuldades e precisam dar uma guinada em sua estratégia, tentam sempre as mesmas fórmulas? O que as impede de ousar?

Esta questão persegue diversos tipos de instituições, não importando o porte, segmento ou área de atuação. As empresas querem mudar, mas têm receio dos impactos internos e externos que estas mudanças poderão trazer. As organizações não receiam as mudanças, e sim, serem mudadas. Muitas pessoas que comandam as corporações enxergam mais riscos do que benefícios nas mudanças, pois podem perder privilégios, prestígios e poder. A única coisa que faz realmente uma organização se mexer é o medo de não sobreviver e mesmo assim, em casos extremos.

Isto explica porque a CBF pensa em trazer o Dunga novamente para ser técnico da seleção. Por mais críticas que seu trabalho possa ter, é pessoa conhecida e de certa forma, será controlado pelos cartolas de plantão. Colocar um profissional inovador e de capacidade técnica reconhecida poderia ser a escolha óbvia, mas os dirigentes enxergam risco para seu status quo. Um profissional de primeira linha aceitaria os desmandos e desencontros dessa entidade que nunca primou pela transparência e profissionalismo?

E assim acontece na maioria as organizações. Elas não seguem uma lógica definida para tomada de decisões. Ao contrário, são movidas por uma complexa e obscura rede de interesses que poucos conhecem bem, mas que explica escolhas estranhas e muitas vezes opostas às necessidades críticas do seu negócio.

As lideranças educadoras apenas conseguem fugir da tentação das decisões mais cômodas quando possuem uma visão muito precisa do seu posicionamento e objetivos estratégicos. A falta de foco e clareza de objetivos é o campo propício para o improviso e amadorismo. E não pensem que apenas pequenas empresas passam por isso. A acomodação de interesses é uma peste que se propaga em qualquer tipo de entidade. Como erva daninha, a falta de coragem corporativa vai corroendo a saúde das empresas e cria um imobilismo que nem mesmo os sustos dados pelo mercado podem vencer.

Se você tentar arrancar uma flecha da pata de um urso, certamente será morto sem piedade. Ué, mas o urso não será prejudicado? Sim, mas sua natureza instintiva é mais poderosa que qualquer ameaça existente. Isto explica a ascensão e queda da maioria das organizações, grandes e poderosas como um urso ou pequenas e ágeis como um esquilo. 




domingo, 20 de julho de 2014

Quinoa emagrece, mas não diminui o tamanho da língua



A Quinoa é uma planta nativa da Bolívia, Colômbia, Peru e Chile, que produz um grão considerado muito importante à alimentação e à vida do homem no altiplano andino. Chegou ao Brasil como uma substituta para o trigo na produção de farinha.

Estudos atuais indicam que a quinoa é uma aliada na prevenção e tratamento de alguns tipos de câncer, como os de mama e útero. Mas já sabemos que, por ser rica em fibras, essa semente é eficaz na busca por um corpo mais leve. Ela ainda contribuiu para melhorar os índices de colesterol e o funcionamento intestinal e pode ser consumida em sementes, flocos ou farinha.

O superalimento emagrece por ser rico em fibras e contribuir para o aumento da sensação de saciedade, diminuindo a fome.  Bom funcionamento do intestino, recuperação muscular e bom humor também são atribuídos ao grão, que é fonte de proteínas, vitaminas do complexo B, cálcio, fósforo, magnésio, potássio, ômega-3 e 6, além de ter carboidratos e gorduras balanceados.

Ao falar da quinoa, lembrei-me de uma querida tia que ao ser indagada sobre alimentos nutritivos, sempre alertava: “É bom pra saúde, mas não diminui o tamanho da língua”... Na sua sabedoria, minha tia queria dizer que preocupar-se com a saúde, com o corpo, é muito importante, mas o pior veneno é o que sai da boca e não o que entra por ela.

Nas organizações, a máxima da minha tia também faz sentido. Muitas vezes, elas transpiram modernidade pelos seus luxuosos e modernos edifícios, mas basta ficarmos um pouco lá dentro e convivermos com as pessoas para notarmos que nem tudo é modernidade. Intrigas, puxadas de tapete e jogos de poder costumar invadir todos os tipos de organizações e fazem parte dos seus artefatos ocultos, como diz Edgar Schein.

Contudo, o conselho da minha tia não elimina a necessidade de nos preocuparmos com a saúde física, tanto das pessoas quanto das organizações. E fica o desafio para a limpeza interior, onde o silêncio pode ser o maior desafio e ao mesmo tempo um santo remédio. Podem notar, quanto mais silêncio fazemos, menos somos críticos e ácidos.

Então fica a dica: quinoa, sabedoria e silêncio. Limpa por dentro e por fora!

 
Hambúrguer de Quinoa
 

 
Ingredientes
500 g de quinoa em grãos
120 g de queijo brie
200 g de farinha de rosca
350 g de cenoura
400 g de cebola
20 ml de azeite
Modo de preparo
 
Massa
 
Cozinhe a quinoa e metade da cebola por cerca de 10 minutos. Corte a cenoura em pedaços médios e a cozinhe por aproximadamente 15 minutos. Coe tudo e bata no liquidificador até virar uma pasta homogênea. Coloque o azeite em uma frigideira, a outra parte da cebola cortada e refogue a massa até secar a água. Deixe esfriar e coloque a farinha de rosca aos poucos, até dar liga. O azeite aquecido não faz mal à saúde, muito pelo contrário: mesmo quentes, sua gordura continua sendo boa. Divida a massa em quatro partes, separe pela metade cada parte, recheie com queijo brie e feche com o restante da massa, sempre modelando com as mãos em formato de hambúrguer (se preferir passe um pouco de azeite nas mãos para ficar mais fácil o manuseio).
Hambúrguer
 
Aqueça uma frigideira, unte com um pouco de azeite e coloque o hambúrguer. Salpique um pouco de sal, deixe por 5 minutos de cada lado, ou até dourar. Pode ser servido com legumes grelhados e no pão de sua preferência.
 
Rendimento: Quatro hambúrgueres de 200 g.
Fonte: 
http://bemleve.bolsademulher.com/3672/receitas-com-quinoa-para-emagrecer-rapido
 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

O tipo 1 no eneagrama


O número 1 pertence ao grupo do instinto no eneagrama. Isto é, as coisas para ele são viscerais e por isso, tudo é uma questão de sobrevivência. A forma como o número 1 organiza sua vida faz com que tente organizar e consertar as coisas e pessoas, pois dessa forma o ambiente fica mais confortável para sua vida.

Quando ele está numa fase de estresse, costuma ampliar demais sua busca interna por perfeição e organização, podendo criar fobias. Quem não conhece pessoas que não convidam ninguém para ir a sua casa por receio de bagunça ou sujeira? Ou então aquelas pessoas que organizam seu armário por cor ou tamanho ou até mesmo por dias da semana, sendo inaceitável usar a roupa da terça se hoje for quarta!

Aí surgem os estereótipos do perfeccionista ou do crítico, que adora dar uma opinião de como melhorar algo, mesmo não tendo sido pedido.

Mas não se preocupem! Para tudo tem terapia. O número 1 estressado precisa procurar opções de lazer e descontração, mas o processo deve começar com a mudança da crença que tudo deve estar organizado e sob controle. Se não for assim, ele sairá de férias, mas sua cabeça organizadora continuará a procurar uma forma de mudar o mundo lá no resort!

A dica é...

O tipo 1 precisa trocar a crença “preciso organizar tudo e todos” por “não sou responsável pelos defeitos do mundo e posso ser feliz mesmo assim”.

Pode parecer difícil, mas o processo começa com pequenas ações diárias, como deixar a cama desarrumada de vez em quando, não se irritar com a pilha de louças na pia e resistir antes de criticar aquele irmão “cabeça solta” que adora aprontar das suas.

O resultado é a serenidade que o tipo 1 tanto precisa. Sair de casa sem destino e buscar uma aventura 
inusitada também são formas excelentes de escapar do mesmo modelo mental.


Aproveitem a vida porque ela é única e breve...

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Quem ama, cuida!



Amor é um projeto de longo prazo...

A facilidade como as pessoas se dizem apaixonadas é algo surpreendente. Sem muito esforço, palavras de amor eterno são professadas. Tudo muito intenso e definitivo. E com a mesma facilidade que nos apaixonamos, trocamos de parceiro e muitas vezes a notícia da troca é dada ao parceiro antigo por whatsapp. Afinal, o mundo digital tem suas vantagens. O “Tinder” que o diga...

A busca pelo prazer imediato e pelas relações líquidas de Bauman* faz com que não tenhamos paciência para esperar um relacionamento amadurecer. No primeiro descontentamento, deixamos de “curtir” aquela pessoa e vamos correndo procurar uma possibilidade mais interessante no banco de dados quase infinito de candidatos que vivem a mesma situação.

Amor é um projeto de longo prazo e exige um comportamento de doação e preocupação com o outro que parece ser incompatível com o mundo efêmero e frenético das redes sociais. Quem ama não pode ter pressa. Precisa estar presente a cada momento, cuidando e fazendo o outro rir de coisas bobas, além de surpreendê-lo com pequenos mimos e convites inusitados.

Ou seja, amar é estar Presente!

Pequenos defeitos, gordurinhas localizadas, mau humor matinal, entre outros cacoetes, precisam ser relevados para que as coisas sigam em frente. Por outro lado, pensar em projetos comuns com o parceiro é a melhor forma de dar substância a relacionamentos onde o sexo surge como energia criativa, mas insuficiente para vencer a poeira que o tempo faz acumular.

Para um líder educador, o princípio é o mesmo. Não basta dizer que nos preocupamos com nossa equipe. É preciso estar presente e compartilhar os problemas e conquistas com eles. Sempre com o espírito de time, no qual todos são apenas UM. Isso é muito bonito de dizer e difícil de fazer. Até porque os objetivos muitas vezes são diferentes e um Sentido Maior no trabalho humano não é sempre que pode ser observado.

Relações humanas são complicadas, mas fascinantes. Paciência, criatividade e coragem para buscar novas possibilidades naquela relação são atributos que precisamos cultivar se quisermos escapar da Matrix suprema que coisifica pessoas, vidas e paixões.

O caminho é incerto, mas percorrê-lo pode trazer grande alegria e satisfação. Além do lado instantâneo que mina as relações, existe também o oposto aos relacionamentos líquidos. Aquele no qual as pessoas não desistem dos seus parceiros, porém não investem no convívio com eles, deixando que a possibilidade de felicidade padeça como um moribundo suplicando pelo fim. O desafio é saber quando continuar e quando desistir. Situações mal resolvidas precisam ter um fim.

O fim? Alguém sabe qual é o fim?

* Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, autor de muitas obras que escancaram o lado efêmero das relações humanas.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Educar não é treinar


Educar não é treinar porque agora o educador tem um papel tão ou mais estratégico do que o profissional de vendas, marketing ou qualidade. Ele precisa mostrar os pontos a serem mudados nas práticas de negócio e dominar as ferramentas para fazê-lo para que possam ser disseminadas.

A educação corporativa surgiu como uma tentativa de criar uma rede de relacionamentos que envolvia a construção de conteúdos educacionais, sua formatação e disseminação, com foco em públicos diversificados e alto nível de complexidade. O papel do chief learning officer, responsável pelas “universidades corporativas” que estão sendo criadas, ganhou destaque na hierarquia das organizações. 

Educar não significava mais treinar, e sim, formar pessoas com capacidade de entrega necessária à estratégia do negócio e ao atendimento das demandas dos diversos stakeholders.

Diversos desafios brotam com o novo modelo de formação de pessoas. É preciso utilizar de forma abundante as novas tecnologias do aprendizado, como forma de disseminar conhecimento e reduzir as crescentes despesas com logística de treinamento. Os conteúdos educacionais são distribuídos nas universidades corporativas por tipo de competências atendidas, surgindo então as “escolas”, como a “escola do varejo”, “escola de excelência operacional”, “escola de valores” e “escola de liderança”, apenas para citar algumas. As competências precisam estar alinhadas à cultura para que os conteúdos sejam coerentes às estratégicas traçadas.

O profissional de T&D tem que mudar seu “mindset”, a fim de que possa ter uma visão de diversidade e capacidade de abstração para criar programas que reflitam os altos níveis de complexidade nos quais suas organizações estão inseridas. A preocupação com avaliação de resultados exige uma visão financeira, comercial e mercadológica dos programas para que os desafios organizacionais possam ser atendidos. Não basta mais perguntar ao aluno se ele gostou do instrutor e do coffee-break servido.

Na atualidade, o conceito de educação corporativa começa a passar por uma nova mudança. O foco agora não é apenas na estratégia do negócio, mas no oferecimento de produtos e serviços que atendam aos requisitos de bem-estar social, qualidade de vida das pessoas e preservação dos recursos naturais. O educador corporativo ganha um papel de agente transformador das práticas de negócio nunca antes observado. Produtos ruins e nocivos à sociedade e ao meio ambiente devem ser trocados por novas opções, mesmo que isto represente uma queda imediata no volume de vendas.

Educar não é treinar porque agora o educador tem um papel tão ou mais estratégico do que o profissional de vendas, marketing ou qualidade. Ele precisa mostrar os pontos a serem mudados nas práticas de negócio e dominar as ferramentas para fazê-lo para que possam ser disseminadas.


As oportunidades para quem quiser ser um educador corporativo multiplicam-se aos milhares, apesar de que ainda, para muitas organizações, encher uma sala de alunos e cadernos com conteúdos, ainda seja no que acreditam. Isso tudo vai mudar rapidamente ou quem mudará serão seus clientes e demais parceiros. 

terça-feira, 15 de julho de 2014

A queda do Felipão



A queda do Felipão pode ser explicada não apenas pelo vexame contra a Alemanha e Holanda. Veja as sete razões que explicam a sua queda:

1. Postura arrogante mostrando superioridade no momento em que deveria demonstrar humildade. Ninguém aguenta um líder que não reconhece seus erros.

2. Falta de transparência nas suas decisões. Felipão trocava jogadores do time sem explicar o motivo para eles. Isso ia deteriorando a relação com a equipe.

3. Demonstração de insegurança na tomada de decisões. Os jogadores começaram a passar instruções uns para os outros, pois perderam a confiança no líder.

4. Sensação de conforto com a situação. Ele não percebeu o tamanho da responsabilidade que tinha e se divertia gravando propagandas e brincando na TV.

5. Viver do passado foi outro erro. Não adianta ter sido bom em outros momentos. O líder é testado a cada momento.

6. Escolha dos jogadores convocados mais pela amizade e confiança do que pelos critérios técnicos. Ninguém merece um ataque com Fred, Hulk e Bernard.

7. Defasagem técnica, pois o mundo mudou e o futebol também e Felipão continua a trabalhar baseado em preceitos obsoletos.

Este caso serve de alerta para todos nós que somos líderes e muitas vezes caímos na tentação de seguir os passos do Felipão. Realmente, ninguém é demitido por acaso.

domingo, 13 de julho de 2014

A águia e a galinha



Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em casa. Encontrou um filhote de águia caído ao chão e o capturou. Ele foi colocado no galinheiro junto às galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas, apesar de ser uma águia, rainha de todos os pássaros.

Após cinco anos, o camponês recebeu a visita de um naturalista. Enquanto passeava pelo jardim, o homem encontrou a águia no galinheiro, ciscando junto às galinhas. Espantado, disse ao dono da casa:

- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia!

- De fato, disse o camponês. É uma águia, mas foi criada como galinha e agora não é mais uma águia, apesar de ter asas com quase três metros de envergadura.

- Não, retrucou o naturalista. Ela é e sempre será uma águia, pois tem coração de águia. Este coração a fará voar um dia às alturas.

- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.

Decidiram fazer um teste. O naturalista pegou a águia em seus braços, ergueu-a bem alto e desafiando-a, disse:

- Já que você é uma águia e pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!

A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista, olhando distraidamente ao redor. Viu as galinhas no chão, ciscando grãos e pulou para junto delas.

O camponês comentou:

- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!

- Não, insistiu o naturalista. Ela é uma águia e sempre será águia. Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o naturalista subiu no telhado da casa com a águia e sussurrou:

- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!

Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.

O camponês sorriu e voltou à carga:

- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!

- Não, respondeu o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar mais uma vez. Amanhã eu a farei voar.

- No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens e das galinhas. Foram para o alto de uma montanha, dourada pelo Sol nascente.

O naturalista levou a águia ao cume da montanha e disse:

- Águia, já que você é uma águia e pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!

A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse uma nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do Sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.

Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma e começou a voar. Voou para o alto. Voou... Voou... Até que se confundiu com o azul do firmamento... Nunca mais foi vista por aquelas paradas.
* * *

 Amigos, leitores do blog “liderança educadora”, fomos feitos para sermos águias e temos todo o potencial para isso. Infelizmente, nosso sistema educacional nos formata como galinhas. Pessoas que não questionam a realidade a aceitam tudo de forma resignada. Quando chegamos às empresas, somos galinhas executivas, com baixo poder criativo, resmungando, criticando, mas impotentes para transformá-las. Quantas águias maravilhosas não estão confinadas no galinheiro corporativo?

O líder educador deve fazer o papel do naturalista e transformar seu grupo e a si mesmo em águias novamente. Criar condições para as pessoas voarem e ser o exemplo para os demais. O mundo precisa de águias, que enxerguem as coisas do alto e tenham um olhar de respeito ao ambiente, mas com poder de mudar aquilo que precisa ser mudado.

Este texto foi baseado na obra “o despertar da águia”, de Leonardo Boff, um precioso exemplo de liderança educadora.


sexta-feira, 11 de julho de 2014

O javali, o alfaiate e o personal stylist



Existia um reino, perdido nos confins do mundo, governado por um opulento e asqueroso javali. Ele era temido por sua crueldade e forma passional como comandava seu reino. Durante muito tempo as manifestações de descontentamento haviam sido esmagadas uma a uma, mas com o passar dos anos, os súditos começavam a se organizar e articular rebeliões na tentativa de depor o déspota.

Vendo que a situação estava ficando complicada para si, o monarca chamou seu conselheiro, que hoje em dia poderia ser chamado de personal stylist ou consultor de imagem pessoal. Ao explicar sua inquietação para seu confidente, o regente expressou toda sua indignação com o sentimento popular, pois, segundo o rei javali, o povo era bem tratado, recebia proteção contra invasões, fazia festas e cultos religiosos. Além disso, muito pouco era pedido em troca, como uma parte das suas colheitas e demais artefatos produzidos pelos artesãos como forma de tributos.

Ao ouvir atentamente o discurso indignado do monarca, o ilustre consultor tirou da sua cartola de soluções a ideia de criar um plano de melhoria da imagem do soberano, no qual seriam trabalhados aspectos fundamentais para mudar o humor da plebe, como uma repaginada na aparência do rei, campanhas de relações públicas, como o uso de trovadores, que iriam cantar e contar por todo o reino as bravuras e não as bravatas do imperador.

Uma das ações centrais do plano seria um trabalho de personal dressing para o comandante daquela nação e para tal, foi contratado o melhor alfaiate que existia naquela parte do mundo. Ele já havia servido a vários outros monarcas. O artesão da alta costura mostrou os mais finos tecidos e acessórios que exaltariam a nobreza do governante e transmitiriam aos súditos uma imagem clean, repleta de magnitude do seu líder supremo. Músicas e histórias também foram escritas, grupos mambembes foram treinados para dramatizar os feitos do soberano. Uma boa parte do tesouro real foi investida na empreitada.

Após três meses de uma intensiva campanha de melhoria da imagem real foi possível notar que as críticas e rebeliões aumentaram e as apresentações dos trovadores e atores eram satirizadas aos quatro cantos do reino. A nova imagem do rei, marcada pelos novos e suntuosos trajes também era ridicularizada pelo gosto duvidoso das peças e pelos gastos vultosos que poderiam ter sido revertidos em redução dos tributos, segundo a opinião pública daquela comunidade.

A ira real intensificou-se após aquela derrocada. Como seria possível tolerar tamanha ingratidão? Apesar dos esforços reais, a população continuava a criticar e reivindicar melhorias nas suas vidas! Cansado dos esforços em vão, o monarca comandou ações duras de repressão. Pessoas foram presas, outras expulsas do reino e os tributos tiveram que ser majorados para cobrir o rombo nas finanças reais.

Como ação máxima, o conselheiro real convenceu o monarca a condenar o alfaiate à morte por decapitação, pois o seu mau gosto havia ridicularizado o soberano e colocado tudo a perder.

Ao ser conduzido ao seu triste destino, o desafortunado profissional indagou ao conselheiro:

- Por que fui o único culpado pelo fracasso da nobre tarefa de melhorar a imagem real, senhor conselheiro?

De forma solene e passando uma superior impressão de sapiência, nosso personal stylist explicou de forma branda e serena:

- Porque, meu distinto alfaiate, para você ficou a tarefa de mostrar uma imagem nobre e de estadista do nosso líder maior. Eu sabia que o resultado seria pífio, pois os motivos reais da insatisfação do povo não foram tocados. Se eu tivesse proposto mudanças “reais” e estruturais, teria que deixar explícita a miopia do nosso monarca e que ele não consegue enxergar o que realmente seus súditos conclamam.

- E o que eles conclamam? Indagou o pobre condenado.

- Nosso povo quer participar das decisões, justiça e coerência no uso das verbas reais, além de crescimento pessoal e espiritual.

- Mas isso não pode ser mudado com uma campanha de imagem! Indignou-se o alfaiate.

- Sim, meu caro, mas quando ele perceber isso, também não terá mais a cabeça sobre seus ombros...

 Imagem é tudo?





quarta-feira, 9 de julho de 2014

Plínio de Arruda Sampaio, um Líder Educador


Tive o prazer e a honra de ser aluno do Plínio, quando fiz meu mestrado em Economia na PUC-SP. Pessoa serena, mas combativa. Nunca se vendeu ou se rendeu à soberba. Foi até o final, coerente com seus ideais.

O verdadeiro líder educador vive aquilo que prega. Os olhos de Plínio brilhavam quando falava de economia agrária, justiça social e da construção de uma Pátria mais justa e moderna.

Certamente, muitos não comungam das suas ideias, mas é difícil encontrar alguém que não comungue do seu exemplo de vida.

Até um dia Plínio... E pode ir mudando aquilo que você considerar errado aí no Céu...


Vida sem Dinheiro e Prosperidade



Você acha possível levar uma vida sem dinheiro algum e mesmo assim viver bem com sua família e ter prosperidade?

Se pensarmos no modelo tradicional, isto parece um absurdo? Pois somente depois que tivermos nossa “casona”, “carrão” e terno Armani poderemos encontrar a tal da felicidade, não é? Mas existem vários casos de pessoas que estão mudando esta realidade e vivendo bem.

O administrador irlandês Mark Boyle é um dos grandes expoentes de um movimento de pessoas que têm um padrão de vida confortável, mas decidem, por opção própria, viver sem dinheiro. Criador do portal Freeconomy, um site de compartilhamento de espaços, habilidades e ferramentas, ele decidiu passar um ano totalmente sem dinheiro ao julgar que o modelo econômico atual estaria destruindo a natureza e arruinando a vida dos semelhantes. O que mais o perturbava era a frase de Gandhi: "Seja a mudança que você quer ver no mundo".

Quem também optou por uma vida sem dinheiro foi a família alemã Fellmer. Para protestar contra o que eles chamam de sociedade de consumo, o jovem casal Raphael e Nieve decidiu viver apenas de escambo, ou seja, trocando suas habilidades por coisas primordiais para a sobrevivência. O aluguel de um pequeno porão em Berlim, por exemplo, é pago com serviços domésticos, como cuidados com o jardim e reparos na residência principal.

Também alemã, Heidemarie Schwermer, de 70 anos, decidiu viver sem dinheiro há quase duas décadas. No começo, a ideia era que a experiência durasse apenas 12 meses, mas a vida sem dinheiro se mostrou muito mais interessante para ela. "O melhor é a sensação de abertura. Não sei o que acontecerá à noite, nem na manhã do dia seguinte. Não sinto medo, e sim uma grande curiosidade."

Para nós, estas experiências podem parecer um tanto quanto radicais, mas questionar a forma como consumimos e ganhamos dinheiro pode ser uma importante resposta aos desafios que iremos enfrentar.
Ter uma bicicleta em vez de carro, cultivar nossos próprios alimentos, viver no campo onde a especulação imobiliária é bem menor, trocar bens com outras pessoas e ainda ganhar amigos. Tudo isso é viável ou apenas mais um sonho dourado?

Os casos deste post foram extraídos do artigo:

http://economia.uol.com.br/noticias/infomoney/2013/07/29/vivendo-sem-dinheiro-conheca-pessoas-que-abandonaram-o-modelo-de-vida-padrao-e-gostaram.htm

terça-feira, 8 de julho de 2014

Um líder não é pai, mas deve ser um maestro


Passado o furacão que assolou nossos ânimos e nossas almas, resta-nos tentar entender se o vexame foi uma fatalidade ou se comemos um pão encruado, feito com fermento ruim, farinha de segunda qualidade, elabora por um padeiro que não aprendeu a usar um forno elétrico...

Uma liderança educadora precisa ter humildade para voltar ao banco escolar, mesmo que tenha mais de sessenta anos, pois o conhecimento envelhece e as pessoas não. Elas podem se renovar a todo momento e buscar novas práticas e metodologias incessantemente.

O risco da liderança paternalista é que ela não consegue ou não pode enxergar os problemas da sua equipe e prefere morrer abraçado ao grupo em vez de tomar decisões corajosas e muitas vezes evidentes.

A liderança paternalista também costuma ser acometida pela soberba, que é o primeiro dos quatro vícios que assolam as organizações. Ela faz com que as pessoas se sintam melhores do que são e causa um sentimento de superioridade que embriaga, entorpece e obscurece nossas ações.

Por traz de uma liderança paternalista e ultrapassada existem sempre conselheiros e acionistas que acreditam neste modelo e permitem os descaminhos por convicção ou conveniência.

Mudar, modernizar e ter coragem de voltar à escola para aprender novas formas de agir não é uma unanimidade entre nossas lideranças, mas aquelas que pretendem ser lembradas como educadoras conduzem seus times pelo exemplo ou então, a força devastadora dos resultados desastrosos faz a mudança no lugar deles.


domingo, 6 de julho de 2014

O verdadeiro motivo da troca do goleiro da Holanda

 
O técnico da Holanda Louis van Gaal surpreendeu o mundo no jogo das quartas de final contra a Costa Rica pela Copa de 2014 ao trocar o goleiro justamente no momento em que o titular poderia se consagrar: na decisão por pênaltis.
 
Absurdo? Afinal, como um líder pode desprestigiar dessa forma seu homem de confiança que vinha fechando o gol até aquele momento? Que mensagem ele passou para o grupo com aquela ação? Bobagem...
 
Nós, latinos, temos uma forma de pensar e sentir que para o povo do Norte não faz nenhum sentido. Van Gaal não tomou aquela medida porque não confiava no seu goleiro titular ou porque o reserva, Krul, era melhor pegador de pênaltis. Ele fez isso para dar um choque psicológico no adversário.
 
Imaginem os jogadores da Costa Rica quando viram aquela muralha com jeitão falastrão na frente deles! Certamente já foram derrotados para as cobranças e era isso que Van Gaal esperava que acontecesse.
 
A liderança educadora muitas vezes precisa ser criativa e surpreender a todos, inclusive a concorrência em momentos decisivos. Se bobear, até o chute na garrafa de água que o goleiro titular deu quando foi para o banco foi puro jogo de cena.
 
Para nós brasileiros, essa atitude pode parecer um absurdo. Ainda mais para um técnico paizão que administra muito mais pela amizade do que pela técnica, como Felipão. Mas, se queremos erguer a taça no domingo, precisaremos encontrar um forma de surpreender nossos adversários.
 
Já começamos, mesmo que obrigados, ao ter que montar um time sem nossa mais estrela. O que mais poderemos fazer?


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Novo projeto de Bill Gates pretende salvar o mundo



Depois da Microsoft que revolucionou a forma como trabalhamos e nos relacionamos, Bill Gates está engajado agora em um projeto mais ambicioso que pretende salvar o mundo, pois poderá reduzir o aquecimento global e acabar com a fome no mundo.

Trata-se da carne artificial. A ideia pode parecer antiga, pois na gôndola dos supermercados já é possível encontrar produtos vegetais que pretendem substituir a carne, mas a novidade é que agora esta invenção é idêntica à carne e pode ser produzida em larga escala.

A ONU espera que a população mundial cresça dos atuais 7,2 bilhões para 9,6 bilhões até 2050. Além disso, conforme países como a China e a Índia continuam a se desenvolver, as suas populações estão adotando dietas mais ocidentais. Em todo o mundo, a quantidade de carne consumida por pessoa quase dobrou de 1961 a 2007, e a ONU projeta que irá dobrar novamente até 2050.

Cerca de 80% das terras do mundo são usadas para apoiar as indústrias de carnes e aves e muito disto vai para a alimentação animal. Este não é um uso eficiente dos recursos. Por exemplo, cerca de meio quilo de carne cozida, o equivalente a uma refeição em família de hambúrgueres, requer 298 metros quadrados de terreno, 27 quilos de ração e 211 litros de água.


O fornecimento de carne não só devora recursos, mas também cria resíduos. Esse mesmo quilo de hambúrguer requer mais de 4.000 BTUs de energia de combustíveis fósseis para chegar à mesa do jantar para alimentar tratores, confinamentos, matadouros e caminhões. Esse processo, juntamente com o metano que as vacas emitem ao longo das suas vidas, chega a contribuir com 51% de todo o gás de efeito de estufa produzido no mundo.




A empresa na qual Gates está investindo recursos chama-se Beyond Meat (“Além da carne”), fundada pelo vegano Ethan Brown, uma empresa que há quatro anos fabrica um substituto da carne de frango feito principalmente de proteínas de soja e ervilha e amaranto. A carne que Brown é bege e pode ser desfiada, da mesma forma da carne tradicional. Porém, é um alimento sem gordura saturada e colesterol, mas rica em proteínas.

Michael Pollan, autor da obra “The Omnivore’s Dilemma” afirma que o alto consumo de carne tradicional se correlaciona com maiores chances do homem contrair certos tipos de câncer, como o do cólon, pelas toxinas que libera em nosso organismo, além de todas as questões ambientais já relatadas. Além disso, os matadouros são lugares brutais onde os animais sofrem desnecessariamente.


Além de gates outros nomes importante também estão investindo no projeto, são eles: Evan Williams, Biz Stone e Jason Goldman (fundadores do twitter). Os visionários, que mudaram nossa vida digitalmente agora oferecem uma saída alimentar para um planeta que a cada ano precisa encher a barriga de bilhões de pessoas e ao mesmo garantir a continuidade da vida humana em sua superfície.



quinta-feira, 3 de julho de 2014

Garotos fazem tudo igual e quase nunca chegam ao fim


Já pensaram como seria nossa vida se a cada obstáculo caíssemos no choro em nossos empregos?

O estilo de liderança familiar trabalha no nível da confiança ilimitada na pessoa e deixa em segundo lugar a qualidade técnica e a avaliação dos resultados atingidos. Quando nossos jogadores caem no choro a todo momento, fica claro que este grupo é movido pelo pacto da confiança e os aspectos técnicos ficam em segundo plano.

É aquela história da "família Scolari" que passa por cima do desempenho em razão do pacto da confiança. Somente isso explica porque nosso técnico não consegue mudar a equipe. Afinal, ele "confia" nos seus jogadores, não é Fred?

Nossa seleção está servindo para uma reflexão na forma como conduzimos nossas equipes. Ser um líder educador não significa passar a mão na cabeça. É preciso lançar o desafio e acompanhar, corrigindo a rota. Ou seja, precisamos de um coach não de um paizão.

Administrações paternalistas não se sustentam e depois só resta buscar culpados e começar tudo novamente. Perda de tempo e de dinheiro.

Garotos perdem tempo pensando
Em brinquedos e proteção
Romance de estação
Desejo sem paixão
Qualquer truque contra a emoção

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Como despachar das nossas casas o filho trintão?



É cada vez mais comum os "garotões" com mais de trinta anos continuarem a morar com os pais. Afinal, os benefícios são enormes e o serviço é gratuito. Os pais também gostam, pois evita a tal da "síndrome do ninho vazio", que é a sensação de que a vida não faz mais sentido depois que os filhos saem de casa.

A questão que se coloca é se esses "meninões" conseguirão assumir uma postura adulta perante o mundo ou continuarão com a cabeça e atos adolescentes? Quando os filhos arrumam as coisas e caem no mundo, muitas portas são abertas para eles e o amadurecimento vem junto. 

Quando nossas crianças ficam responsáveis por cuidar de uma casa, começam a perceber que a vida não é apenas um conto de fadas e existem coisas a serem feitas lá fora.

Para quem tem trintões dormindo em seus lindos quartinhos de solteiro e tomando Nescau feito pela mamãe ainda, fica a questão: estamos formando pessoas que irão comandar o mundo ou os pais já velhinhos ainda terão que segurar esta onda?

Iremos retrucar a música interpretada lindamente pela Elis?

"não confio em ninguém com mais de trinta anos..."