sábado, 31 de janeiro de 2015

Você sabe quem foi Joaquim Eugênio de Lima?


Você que vive ou visita a cidade de São Paulo, certamente deve muito a este homem. O engenheiro uruguaio Joaquim Eugênio de Lima, que se formou na Europa e trouxe de lá a ideia de construir uma avenida larga, plana, arejada e moderna, como aquelas existentes nas principais cidades do Velho Mundo.

Com os planos de Joaquim Eugênio e com o dinheiro da elite cafeeira paulista, foi inaugurada em 8 de dezembro de 1891 a Avenida Paulista, com seus casarões arborizados, bem diferentes da tortuosa São Paulo de ladeiras e becos.

O Estado de São Paulo vivia momentos de conflito, com a deposição do seu governador, Américo Brasiliense e com a morte de D. Pedro II. Ao mesmo tempo, o capital cafeeiro estava em franca expansão e os barões do café demandavam moradias que representassem seu poderio econômico e político, numa cidade com forte influência francesa.

A avenida Paulista foi construída no ponto mais alto da Mata do Caaguaçu, a 900 metros do nível do mar, que foi considerado de salubridade ideal por estar longe da peste e do tifo que assolavam a cidade. Era uma via muito larga para os padrões da época, com magnólias e plátanos e imensos lotes onde os casarões seriam construídos.

Na época dos casarões, a avenida Paulista era o local onde ocorriam os eventos sociais e esportivos da cidade, como a corrida de automóveis. O Trianon era o parque inglês da cidade, frequentado pelos moradores da avenida. O escritório que fez mais projetos arquitetônicos na Paulista pertencia a Ramos de Azevedo, outro importante arquiteto para São Paulo.

Moraram na avenida Paulista figuras ilustres, como o Conde Francisco Matarazzo, Von Bullow, Pinotti Gamba, Yolanda Penteado, Ramos de Azevedo, Cerqueira Cesar, entre outros.

Hoje fui caminhar na Paulista, como costumo fazer aos sábados. Realmente ela está bem diferente. Os casarões foram substituídos pelas agências bancárias, lanchonetes e outlets. Passei no cruzamento da avenida com a rua Pamplona, onde existia a mansão do Conde Matarazzo, que foi derrubada na calada da noite para dar lugar a mais um espigão desinteressante. Mas esta história fica para outro post...










sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Posts mais visitados: 4º lugar: Quem ama, cuida.



Amor é um projeto de longo prazo...

A facilidade como as pessoas se dizem apaixonadas é algo surpreendente. Sem muito esforço, palavras de amor eterno são professadas. Tudo muito intenso e definitivo. E com a mesma facilidade que nos apaixonamos, trocamos de parceiro e muitas vezes a notícia da troca é dada ao parceiro antigo por whatsapp. Afinal, o mundo digital tem suas vantagens. O “Tinder” que o diga...

A busca pelo prazer imediato e pelas relações líquidas de Bauman* faz com que não tenhamos paciência para esperar um relacionamento amadurecer. No primeiro descontentamento, deixamos de “curtir” aquela pessoa e vamos correndo procurar uma possibilidade mais interessante no banco de dados quase infinito de candidatos que vivem a mesma situação.

Amor é um projeto de longo prazo e exige um comportamento de doação e preocupação com o outro que parece ser incompatível com o mundo efêmero e frenético das redes sociais. Quem ama não pode ter pressa. Precisa estar presente a cada momento, cuidando e fazendo o outro rir de coisas bobas, além de surpreendê-lo com pequenos mimos e convites inusitados.

Ou seja, amar é estar Presente!

Pequenos defeitos, gordurinhas localizadas, mau humor matinal, entre outros cacoetes, precisam ser relevados para que as coisas sigam em frente. Por outro lado, pensar em projetos comuns com o parceiro é a melhor forma de dar substância a relacionamentos onde o sexo surge como energia criativa, mas insuficiente para vencer a poeira que o tempo faz acumular.

Para um líder educador, o princípio é o mesmo. Não basta dizer que nos preocupamos com nossa equipe. É preciso estar presente e compartilhar os problemas e conquistas com eles. Sempre com o espírito de time, no qual todos são apenas UM. Isso é muito bonito de dizer e difícil de fazer. Até porque os objetivos muitas vezes são diferentes e um Sentido Maior no trabalho humano não é sempre que pode ser observado.

Relações humanas são complicadas, mas fascinantes. Paciência, criatividade e coragem para buscar novas possibilidades naquela relação são atributos que precisamos cultivar se quisermos escapar da Matrix suprema que coisifica pessoas, vidas e paixões.

O caminho é incerto, mas percorrê-lo pode trazer grande alegria e satisfação. Além do lado instantâneo que mina as relações, existe também o oposto aos relacionamentos líquidos. Aquele no qual as pessoas não desistem dos seus parceiros, porém não investem no convívio com eles, deixando que a possibilidade de felicidade padeça como um moribundo suplicando pelo fim. O desafio é saber quando continuar e quando desistir. Situações mal resolvidas precisam ter um fim.

O fim? Alguém sabe qual é o fim?

* Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, autor de muitas obras que escancaram o lado efêmero das relações humanas.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Como será viver 5 dias seguidos sem água?



Todos já passaram pela experiência de ficar alguns dias ou horas sem água em casa, mas a perspectiva de passar por um longo período com rodízio de 5 dias sem água e 2 com água será novidade para a maioria de nós.

Como será viver em uma cidade como São Paulo sem água alguma? Vejam as especulações listadas abaixo:

Banho: será um artigo de luxo. O pai de um amigo meu começou a importar perfumes para vender para as pessoas que não terão água para o banho. Iremos nos transformar em europeus? Ulalá...

Comida: não será possível nem fazer a comida e nem lavar a louça. Como iremos nos virar então? Viveremos de produtos industrializados, como salgadinhos e biscoitos? Comeremos apenas coisas que são vendidas em pacotes? Mas até "miojo" precisa de água pra fazer!!! 

Sede: como um paulistano pode se imaginar sem água pra beber? O jeito será estocar água da dispensa? Tenho alguns amigos que já estão fazendo isso.

Roupa: lavar roupa, nem pensar. Teremos que usar a mesma peça por alguns dias. E ai, o perfume do pai do meu amigo vai ser útil novamente.

Limpeza: vamos ter que nos virar com a boa e velha vassoura e um pano "seco" para tirar o mais grosso da sujeira. Ninguém vai reparar porque todos estarão na mesma situação...

Descarga: acredito que a pior parte do problema será não ter água para dar descarga. Teremos que segurar nosso "fluxo natural"? Se for assim, recomenda-se uma alimentação que dê prisão de ventre... Ou então, a velha e boa "moita" será a solução. Mas tem moita suficiente em São Paulo???

E os hospitais, escolas, restaurantes e demais empresas? Vão ter que fechar as portas?

O mais incrível é que este cenário estava desenhado há cerca de 2 anos e nada foi feito. Parece que finalmente o homem começará a notar as consequências da forma como utiliza os recursos naturais.

Tudo porque existem governantes e lideranças em geral que fazem na vida pública aquilo que fazem na privada... E nem isso mais vai ser possível fazer... 



quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Posts mais visitados: 5º lugar: Como educar crianças índigo?



Crianças Índigo começaram a nascem a partir de 1980 para ajudar a humanidade na transformação educacional, social e espiritual do planeta, segundo Lee Carroll, criador da definição.

É difícil comprovar se nossas crianças são realmente diferentes de nós ou se foi a intensa exposição à mídia e o uso prematuro da tecnologia que as deixaram mais ativas e antenadas.

A responsabilidade é grande para elas, mudar tudo aquilo que nossa geração e as anteriores não conseguiram.  Como a liderança educadora pode apoiar as crianças índigo em sua jornada? Como facilitar seu aprendizado e sua caminhada?

Primeiramente, não podemos esquecer que elas ainda são crianças e tem direito a brincar e sonhar. Mas é possível introduzi-las de maneira adequada à problemática atual e deixar que descubram sua forma de interação com esta realidade.

Temas como solidariedade, sustentabilidade e justiça social devem parecer com ênfase na pauta educativa. Dalai Lama já dizia que o mundo precisa muito mais de curadores e educadores do que pessoas de sucesso.

Veja algumas características das crianças índigo:

Possuem muita energia e sensibilidade.

Têm baixo poder de concentração e não conseguem ficar quietas.

Resistem à autoridade se não for democraticamente orientada.

Aprendem por meio do diálogo e contextualização, resistindo à memorização mecânica.

Demostram certo ar de realeza e agem desta forma.

Frustram-se com ambientes ritualmente orientados e que não estimulem a criatividade.

Se não encontram crianças parecidas, tornam-se introvertidas e parecem antissociais.

Sabem impor suas necessidades aos pais e educadores.

Possuem uma irresistível necessidade de mudança e transformação social.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Posts mais visitados: 6º lugar: A águia e a galinha



Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em casa. Encontrou um filhote de águia caído ao chão e o capturou. Ele foi colocado no galinheiro junto às galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas, apesar de ser uma águia, rainha de todos os pássaros.

Após cinco anos, o camponês recebeu a visita de um naturalista. Enquanto passeava pelo jardim, o homem encontrou a águia no galinheiro, ciscando junto às galinhas. Espantado, disse ao dono da casa:

- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia!

- De fato, disse o camponês. É uma águia, mas foi criada como galinha e agora não é mais uma águia, apesar de ter asas com quase três metros de envergadura.

- Não, retrucou o naturalista. Ela é e sempre será uma águia, pois tem coração de águia. Este coração a fará voar um dia às alturas.

- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.

Decidiram fazer um teste. O naturalista pegou a águia em seus braços, ergueu-a bem alto e desafiando-a, disse:

- Já que você é uma águia e pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!

A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista, olhando distraidamente ao redor. Viu as galinhas no chão, ciscando grãos e pulou para junto delas.

O camponês comentou:

- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!

- Não, insistiu o naturalista. Ela é uma águia e sempre será águia. Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o naturalista subiu no telhado da casa com a águia e sussurrou:

- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!

Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.

O camponês sorriu e voltou à carga:

- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!

- Não, respondeu o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar mais uma vez. Amanhã eu a farei voar.

- No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens e das galinhas. Foram para o alto de uma montanha, dourada pelo Sol nascente.

O naturalista levou a águia ao cume da montanha e disse:

- Águia, já que você é uma águia e pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!

A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse uma nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do Sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.

Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma e começou a voar. Voou para o alto. Voou... Voou... Até que se confundiu com o azul do firmamento... Nunca mais foi vista por aquelas paradas.
* * *

 Amigos, leitores do blog “liderança educadora”, fomos feitos para sermos águias e temos todo o potencial para isso. Infelizmente, nosso sistema educacional nos formata como galinhas. Pessoas que não questionam a realidade a aceitam tudo de forma resignada. Quando chegamos às empresas, somos galinhas executivas, com baixo poder criativo, resmungando, criticando, mas impotentes para transformá-las. Quantas águias maravilhosas não estão confinadas no galinheiro corporativo?

O líder educador deve fazer o papel do naturalista e transformar seu grupo e a si mesmo em águias novamente. Criar condições para as pessoas voarem e ser o exemplo para os demais. O mundo precisa de águias, que enxerguem as coisas do alto e tenham um olhar de respeito ao ambiente, mas com poder de mudar aquilo que precisa ser mudado.

Este texto foi baseado na obra “o despertar da águia”, de Leonardo Boff, um precioso exemplo de liderança educadora.


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Posts mais visitados: 7º lugar: Faça o teste e veja o seu tipo no Eneagrama

Pessoal, durante algumas semanas, enviei o perfil dos 9 tipos dentro do eneagrama. É importante que ninguém se sinta rotulado, pois não somos um tipo ou outro. Apenas manifestamos mais algumas atitudes, valores, crenças e comportamentos em função da formação da nossa personalidade.

Algumas pessoas tem como fortes, a vontade de agradar do 2 e do 9, mas os motivos que levam os dois tipos a terem este comportamento são diferentes. O 2 quer agradar para ter as pessoas próximas e sentir-se amado. Já o 9, quer agradar para evitar o conflito que colocaria em xeque seu mundo "pacífico" que não o obriga a se posicionar.

Para facilitar sua análise, desenvolvemos a Roda de Valores, onde você poderá testar qual a influência dos 9 tipos na sua vida. Leia o texto equivalente a cada tipo e preencha com o grau de intensidade percebido em você.

Veja que todos nós teremos vários números fortes e outros com pouca participação. A lição de casa é procurarmos suavizar aquilo que é exagerado e investir naquilo que hoje desprezamos. É um trabalho para a vida toda.

Boa análise!


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Posts mais visitados: 8º lugar: O site Liderança Educadora está no ar!


Caros leitores do blog Liderança Educadora. A partir de hoje, temos também a oferecer o site Liderança Educadora, que traz os princípios desta nova visão de liderança, vídeos sobre o tema, newsletter e muitas outras novidades.

Liderança educadora é um movimento que busca criar formas mais efetivas para que as lideranças conduzam suas equipes nas empresas, seus alunos nas escolas e seus cidadãos pelo mundo.

O processo educacional atual possui conteúdos fragmentos e sem conexão entre si. Eles também não conseguem responder às questões essenciais dos seres humanos e não criam sistemas sociais inclusivos, que conduzam à distribuição justa da renda, ao respeito às demais espécies vivas e não entendem a vida como um sistema integrado, do qual o homem é apenas mais um agente, fundamental, sem dúvida, mas que não possui o direito de explorar e pilhar a Terra, os outros seres e seu semelhante.

Liderança educadora pretende desenvolver nos líderes mundiais uma nova forma de pensar e agir. Uma maneira que leve ao autoconhecimento, ao relacionamento mais equilibrado com o consumo e finanças, uma nova visão da educação oferecida pelas entidades de ensino e empresas e finalmente, uma educação que prepare as pessoas para descobrirem o legado que deixarão para o mundo, com um profundo olhar e respeito às gerações futuras.

A liderança educadora não busca formar profissionais de sucesso, pois disto o mundo já está farto. Visa formar curadores, formadores de opinião, agentes de transformação e pessoas criativas na sua forma de atuar no mundo.

Nossa proposta cria quatro dimensões educacionais para a nova liderança.


Educação do Corpo


Um líder não consegue atuar nos grupos sociais se não tiver uma boa forma de se relacionar com seu corpo.

O primeiro passo é entender o papel dos alimentos e seu potencial para nossa saúde. O líder educador precisa ganhar consciência dos atributos de cada grupo alimentar e buscar uma alimentação equilibrada para si e seu time.

A prática de atividades físicas também contribui para uma vida saudável do corpo, pois melhora a disposição, reduz as doenças e cria um equilíbrio de energia no ambiente.

A meditação é o terceiro pilar da educação do corpo, pois ajuda o líder no controle e direcionamento dos seus pensamentos e atitudes.


Educação Financeira


Não é possível conduzir plenamente uma equipe sem se preocupar com as finanças e as práticas de consumo suas e do seu grupo.

Pessoas muito endividadas não conseguem focar sua atenção para os outros aspectos da vida pessoal e profissional.

A educação financeira passa por uma reflexão sobre o papel do consumo na vida das pessoas com a preocupação em evitar o consumismo e em criar práticas sociais de consumo que levem em consideração as gerações futuras.


A liderança educadora pode criar o equilíbrio financeiro em seu grupo, incentivar a geração de poupança e poupar o meio ambiente de um consumo inútil e predatório.


Educação Corporativa


As propostas de formação de lideranças normalmente levam em consideração apenas os conteúdos técnicos e comportamentais necessários aos resultados das organizações.

Esta visão limitada e de curto prazo não atende mais as novas demandas sociais e dos diversos stakeholders das corporações.


A educação corporativa das lideranças educadoras deve fomentar uma visão de longo prazo e de alianças estratégicas nos conteúdos criados pelas organizações, no qual a sustentabilidade esteja presente nas práticas de negócios.


Educação para a Vida


A quarta dimensão da liderança educadora visa uma reflexão profunda sobre o legado que o líder e sua equipe pretendem deixar para o mundo.

Qual causa o projeto do grupo  pretende responder? Quais as contribuições que este projeto dará para melhorar a vida no planeta com foco nas gerações futuras.

Esta nova dimensão é uma resposta às questões que sempre atormentaram a humanidade. Qual o nosso papel no mundo? O que deixaremos para as gerações futuras? Como criar um propósito maior nas nossas vidas?



Una-se ao nosso grupo!

www.liderancaeducadora.eco.br





quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Posts mais visitados: 9º lugar: Frida Kahlo, eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o nome


Magdalena Carmen Frida Kahlo, nascida em 1907, é considerada uma das principais pintoras mexicanas.

Aos seis anos, Frida contraiu poliomielite. A doença deixou como marcas o membro inferior direito mais curto e a musculatura atrofiada. O constrangimento causado pelas sequelas da doença criou nela o hábito de usar saias longas como as das indígenas mexicanas. Quando já era famosa, criou moda, porque as mulheres de um modo geral começaram a copiar suas roupas.

 “Para que preciso de pés quando tenho asas para voar”?

Quando tinha 18 anos, o ônibus no qual Frida Kahlo viajava chocou-se a um bonde. Várias pessoas morreram no acidente e ela fraturou três vértebras, a tíbia, além de três fraturas na bacia, que a impediu de ter filhos, apesar das várias tentativas que culminaram em abortos.

Se existe vida após a morte, não me esperem, porque não vou”. 

Nesse período, Frida pintou o quadro “A Cama Voadora (1932)”, onde é retratada deitada no leito do hospital. Flutuando sobre o leito, pode ser visto um feto do sexo masculino, um caramujo e um modelo anatômico de abdome e de pelve. No chão, abaixo do leito, são vistos uma pelve óssea, uma flor e um autoclave. Todas as seis figuras estão presas à mão esquerda de Frida por meio de artérias, de modo a lembrar os vasos de um cordão umbilical. Seu corpo é demasiadamente pequeno em relação ao tamanho do leito hospitalar, de modo a sugerir seu sofrimento e sua grande solidão.




Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.

Por muito tempo, Frida foi considera uma pintora surrealista, fato negado por ela própria, que dizia não pintar sonhos e sim sua própria realidade.  Muitas obras viriam em seguida, nas quais ela mesma se retratou em situações que mostravam seu sofrimento, euforia e seu cotidiano. Fez mais de trinta cirurgias e entregou-se ao álcool, vindo a falecer em 1954 por embolia pulmonar.

Bebo para afogar as mágoas, mas as danadas aprenderam a nadar”.

Frida foi intensa, única. Das suas mágoas, rejeições e mazelas nasceram obras belíssimas que ficarão como legado da humanidade. Os líderes que assumem seu papel educador têm também como missão deixar um legado para aqueles que irão sucedê-los.

As conquistas dos líderes que educam e empreendem não é construída sem que algumas lágrimas sejam liberadas de forma explícita ou subliminarmente. Os acidentes e imprevistos nos consomem a cada esquina. As chagas teimam em brotar no corpo daqueles que buscar fazer diferente, educar e formar cabeças pensantes e entregar melhorias para as organizações, famílias e outros ecossistemas.


Frida era frágil, mas imponente. Podemos não ser iguais a ela, mas de nossas fraquezas podem surgem lindos “regalos”, que se não irão nos imortalizar, certamente servirão de estradas para que nossos aprendizes possam trilhá-las.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Posts mais visitados: 10º lugar: Novo projeto de Bill Gates pretende salvar o mundo

Depois da Microsoft que revolucionou a forma como trabalhamos e nos relacionamos, Bill Gates está engajado agora em um projeto mais ambicioso que pretende salvar o mundo, pois poderá reduzir o aquecimento global e acabar com a fome no mundo.

Trata-se da carne artificial. A ideia pode parecer antiga, pois na gôndola dos supermercados já é possível encontrar produtos vegetais que pretendem substituir a carne, mas a novidade é que agora esta invenção é idêntica à carne e pode ser produzida em larga escala.

A ONU espera que a população mundial cresça dos atuais 7,2 bilhões para 9,6 bilhões até 2050. Além disso, conforme países como a China e a Índia continuam a se desenvolver, as suas populações estão adotando dietas mais ocidentais. Em todo o mundo, a quantidade de carne consumida por pessoa quase dobrou de 1961 a 2007, e a ONU projeta que irá dobrar novamente até 2050.

Cerca de 80% das terras do mundo são usadas para apoiar as indústrias de carnes e aves e muito disto vai para a alimentação animal. Este não é um uso eficiente dos recursos. Por exemplo, cerca de meio quilo de carne cozida, o equivalente a uma refeição em família de hambúrgueres, requer 298 metros quadrados de terreno, 27 quilos de ração e 211 litros de água.
  
O fornecimento de carne não só devora recursos, mas também cria resíduos. Esse mesmo quilo de hambúrguer requer mais de 4.000 BTUs de energia de combustíveis fósseis para chegar à mesa do jantar para alimentar tratores, confinamentos, matadouros e caminhões. Esse processo, juntamente com o metano que as vacas emitem ao longo das suas vidas, chega a contribuir com 51% de todo o gás de efeito de estufa produzido no mundo.






A empresa na qual Gates está investindo recursos chama-se Beyond Meat (“Além da carne”), fundada pelo vegano Ethan Brown, uma empresa que há quatro anos fabrica um substituto da carne de frango feito principalmente de proteínas de soja e ervilha e amaranto. A carne que Brown é bege e pode ser desfiada, da mesma forma da carne tradicional. Porém, é um alimento sem gordura saturada e colesterol, mas rica em proteínas.

Michael Pollan, autor da obra “The Omnivore’s Dilemma” afirma que o alto consumo de carne tradicional se correlaciona com maiores chances do homem contrair certos tipos de câncer, como o do cólon, pelas toxinas que libera em nosso organismo, além de todas as questões ambientais já relatadas. Além disso, os matadouros são lugares brutais onde os animais sofrem desnecessariamente.

 Além de gates outros nomes importante também estão investindo no projeto, são eles: Evan Williams, Biz Stone e Jason Goldman (fundadores do twitter). Os visionários, que mudaram nossa vida digitalmente agora oferecem uma saída alimentar para um planeta que a cada ano precisa encher a barriga de bilhões de pessoas e ao mesmo garantir a continuidade da vida humana em sua superfície.



segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Nosso blog completa 100 postagens!


O blog Liderança Educadora completou 100 postagens desde a sua criação. No dia 30/5/2014 foi lançada a primeira, tratando da aposentadoria do então Presidente do STF, Joaquim Barbosa.

De lá pra cá, foram 100 temas que envolveram educação, comportamento, liderança, sustentabilidade, autoconhecimento, entre outros.

O pano de fundo do nosso blog é mostrar como a liderança pode cumprir um papel educador, visando mudar comportamentos, práticas e contribuir para uma sociedade mais solidária, inovadora e conectada aos grandes temas que nos são caros.

Diariamente iremos postar novamente os 10 posts que tiveram maior audiência, para você poder curti-los novamente.

Obrigado a todos que nos prestigiaram e aguardem novos posts com assuntos instigantes e necessários.

Abraços do Fábio Moraes

domingo, 18 de janeiro de 2015

Pena de morte é o fim da civilização


A execução do brasileiro na Indonésia no dia de ontem chocou a todos que acreditam na democracia e possuem esperança em nosso processo civilizatório.

Sei que existem muitos que defendem a pena capital, principalmente para crimes hediondos. Mas temos que separar nossa indignação contra o crime e os criminosos da aceitação do papel do Estado como agente de extermínio.

Quem merece morrer ao cometer um crime ou delito? Estupradores? Assassinos? Pedófilos? Estelionatários? Políticos corruptos? Empresários corruptores? Maridos que batem nas mulheres? Crianças que fazem arrastões nas praias? Cidadãos que compram produtos piratas.... A lista pode ser grande. Vai sobrar alguem? 

Tinha uma música que falava: "E se gritar pega ladrão...."

O princípio se o Estado é fraco para promover a prosperidade, imaginem para decidir quem merece ou não morrer. É como se resolvêssemos eliminar pessoas porque o sistema no qual estão inseridas não esteja funcionando corretamente.

Vejam que o brasileiro foi fuzilado porque estava de posse de alguns quilos de maconha. Isso é justo? Por que não fuzilar quem consome também? Ou quem participa de passeatas? Ou quem contesta o Governo? Vejam a armadilha que nos aguarda.

Talvez seja melhor viver na confusão democrática do Estado de Direito do que abrir a mão dele e vivermos na barbárie institucionalizada.

sábado, 17 de janeiro de 2015

A vida sem água que nos aguarda



No século 20 e começo do 21, o homem mudou o meio ambiente como nunca ocorreu no restante da nossa história. Emitimos CO2 como se não houvesse amanhã. Liquidamos a maior parte das florestas e eliminamos milhares de espécies animais. Será que achávamos que não teríamos troco?
Os Governos praticamente ignoram esses efeitos. Os economistas ainda enxergam apenas as suas antigas variáveis macroeconômicas, como crescimento do PIB e inflação.
Os empresários estão focados no curto prazo. O que importa é produzir e fechar o balanço no azul. O que realmente é importante, mas seus efeitos não podem ser ignorados.
Os trabalhadores e a classe política não conseguem também despertar para essas questões de sobrevivência da nossa espécie e das demais em um futuro não tão distante. Estão mergulhados no corporativismo, que engessa qualquer possibilidade de reação.
Resta-nos apenas uma pequena classe de cientistas, intelectuais e ambientalistas, que tentam firmar acordos e definir metas de emissão de carbono com pequena chance de sucesso, apesar da preocupação de fachada dos governantes.
O aquecimento e o desmatamento deverão criar desertos no hemisfério sul e degelo no hemisfério norte. Cidades desaparecerão, as zonas costeiras serão totalmente modificadas e teremos migrações em massa pelos continentes, com conflitos e guerras inevitáveis.
A falta de chuvas está intimamente ligada com o desmatamento. A umidade tão necessária para gerar nuvens e chuvas não vem mais da Mata Atlântica e a cada dia desaparece da Amazônia. É preciso um programa sério e de longo prazo para reflorestar aquilo que foi dizimado.
A derrubada de árvores para acomodar pastos e o cultivo de grãos para o gado entrarão em xeque, se quisermos rever esta situação. Temos 7 bilhões de pessoas no mundo e um rebanho para alimentá-las que irá inviabilizar a vida na Terra. É possível mudar isso? Certamente que sim.
Não podemos descartar a capacidade humana de mudar a realidade e talvez quando percebermos a gravidade dos fatos, finalmente iremos assumir nosso papel. O incrível é que a mídia não está mostrando a situação com sua gravidade real.
Mas dará tempo de mudar? Difícil dizer. As mudanças necessárias são tão grandes e profundas que parecem improváveis. E ainda temos os velhos problemas mundiais, que estão longe de serem solucionados: miséria, conflitos, ditaduras e violação dos direitos humanos.
O cenário é deprimente, mas cheio de oportunidades para podermos vivenciar nossa tal "humanidade". Para os engajados, mãos a obra!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

São nos detalhes que perdemos um cliente


Muitas vezes as empresas se esforçam para dar um bom atendimento a seus clientes, mas esquecem que são os pequenos detalhes que derrubam um bom relacionamento.

Vejam a solução que o dono de uma pousada no Litoral Norte de São Paulo descobriu para evitar que seus clientes tomassem choque no banho!!! 

Por isso sempre falo, não adianta gastar milhões com campanhas se a recepcionista atende o cliente de forma grosseira, se o call center empurra o cliente de um lado a outro ou o "responsável" por inovação resolve botar uma fita isolante no registro do chuveiro em vez de fazer uma instalação elétrica decente!

Quando pensamos que já vimos de tudo...