domingo, 18 de janeiro de 2015

Pena de morte é o fim da civilização


A execução do brasileiro na Indonésia no dia de ontem chocou a todos que acreditam na democracia e possuem esperança em nosso processo civilizatório.

Sei que existem muitos que defendem a pena capital, principalmente para crimes hediondos. Mas temos que separar nossa indignação contra o crime e os criminosos da aceitação do papel do Estado como agente de extermínio.

Quem merece morrer ao cometer um crime ou delito? Estupradores? Assassinos? Pedófilos? Estelionatários? Políticos corruptos? Empresários corruptores? Maridos que batem nas mulheres? Crianças que fazem arrastões nas praias? Cidadãos que compram produtos piratas.... A lista pode ser grande. Vai sobrar alguem? 

Tinha uma música que falava: "E se gritar pega ladrão...."

O princípio se o Estado é fraco para promover a prosperidade, imaginem para decidir quem merece ou não morrer. É como se resolvêssemos eliminar pessoas porque o sistema no qual estão inseridas não esteja funcionando corretamente.

Vejam que o brasileiro foi fuzilado porque estava de posse de alguns quilos de maconha. Isso é justo? Por que não fuzilar quem consome também? Ou quem participa de passeatas? Ou quem contesta o Governo? Vejam a armadilha que nos aguarda.

Talvez seja melhor viver na confusão democrática do Estado de Direito do que abrir a mão dele e vivermos na barbárie institucionalizada.

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