No século 20 e começo do 21, o homem mudou o meio ambiente como nunca ocorreu no restante da nossa história. Emitimos CO2 como se não houvesse amanhã. Liquidamos a maior parte das florestas e eliminamos milhares de espécies animais. Será que achávamos que não teríamos troco?
Os Governos praticamente ignoram esses efeitos. Os economistas ainda enxergam apenas as suas antigas variáveis macroeconômicas, como crescimento do PIB e inflação.
Os empresários estão focados no curto prazo. O que importa é produzir e fechar o balanço no azul. O que realmente é importante, mas seus efeitos não podem ser ignorados.
Os trabalhadores e a classe política não conseguem também despertar para essas questões de sobrevivência da nossa espécie e das demais em um futuro não tão distante. Estão mergulhados no corporativismo, que engessa qualquer possibilidade de reação.
Resta-nos apenas uma pequena classe de cientistas, intelectuais e ambientalistas, que tentam firmar acordos e definir metas de emissão de carbono com pequena chance de sucesso, apesar da preocupação de fachada dos governantes.
O aquecimento e o desmatamento deverão criar desertos no hemisfério sul e degelo no hemisfério norte. Cidades desaparecerão, as zonas costeiras serão totalmente modificadas e teremos migrações em massa pelos continentes, com conflitos e guerras inevitáveis.
A falta de chuvas está intimamente ligada com o desmatamento. A umidade tão necessária para gerar nuvens e chuvas não vem mais da Mata Atlântica e a cada dia desaparece da Amazônia. É preciso um programa sério e de longo prazo para reflorestar aquilo que foi dizimado.
A derrubada de árvores para acomodar pastos e o cultivo de grãos para o gado entrarão em xeque, se quisermos rever esta situação. Temos 7 bilhões de pessoas no mundo e um rebanho para alimentá-las que irá inviabilizar a vida na Terra. É possível mudar isso? Certamente que sim.
Não podemos descartar a capacidade humana de mudar a realidade e talvez quando percebermos a gravidade dos fatos, finalmente iremos assumir nosso papel. O incrível é que a mídia não está mostrando a situação com sua gravidade real.
Mas dará tempo de mudar? Difícil dizer. As mudanças necessárias são tão grandes e profundas que parecem improváveis. E ainda temos os velhos problemas mundiais, que estão longe de serem solucionados: miséria, conflitos, ditaduras e violação dos direitos humanos.
O cenário é deprimente, mas cheio de oportunidades para podermos vivenciar nossa tal "humanidade". Para os engajados, mãos a obra!
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