segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Como será o Brasil nos próximos quatro anos?


Hoje a Bolsa despencou, muitos brasileiros dizem que sairão do Brasil, o mercado financeiro está nervoso, mas na prática, sabemos que tudo isso é retórica e parece uma reprise da primeira eleição de Lula. A partir do momento que ele mostrou uma cara mais digerível pelo mercado, as coisas se acalmaram e ele até ficou amigo no status quo.

Mas o que queremos para o Brasil? Sempre dissemos neste blog que as duas propostas apresentadas não nos animavam muito, pois eram velhas receitas para um novo tipo de doente.

No Brasil e no mundo, não basta mais o esforço dos economistas para continuar fazendo com que as economias cresçam, pois isto já mostrou que não resolve os desafios da nossa realidade.

O PSDB, com seu discurso moralizante, baseado na meritocracia não cativou aquele grupo que precisava ao seu lado. Mas o que é mesmo "meritocracia"?

O PT em doze anos atendeu camadas antes marginalizadas da população, mas manteve o Estado engessado e o país emperrado. Ações verdadeiramente modernizantes foram quase nulas e os indicadores atuais não mostram um futuro animador.

Marina poderia ter sido uma novidade com conteúdos inéditos para a vida pública, mas foi trucidada pelo rolo compressor do sistema político e das máquinas partidárias.

As questões da agenda do futuro, não passaram nem por perto dos assuntos tratados nas campanhas do segundo turno, como por exemplo, a sustentabilidade no uso dos recursos naturais, o atraso cultural crônico do país, a vergonhosa disparidade social e nossa baixa performance produtiva.

Vivemos uma crise de gestão? Talvez sim, mas a pergunta é: gerir para quem? Como esta gestão irá impactar as gerações futuras? A riqueza poderá um dia ser dividida de forma mais inteligente? Isto é, a riqueza será vista como um recurso natural para levar as sociedades à prosperidade plena, ou seja, econômica, social, política, cultural e espiritual?

Parece que estas questões estão longe de se tornar prioritárias. Ainda vivemos o calvário do PIBinho, inflação em alta, carga tributária sufocante e desmoralização da coisa pública.

Não será um partido que colocará o Brasil numa trilha de esperança, e sim, as atitudes daqueles que possuem recursos para mudar o país. Isto é, precisamos de uma agenda nacional a ser tratada por pessoas que até hoje foram marcadas pelo corporativismo e visão "jeca" de mundo.

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