quinta-feira, 1 de junho de 2017

O peixe morre pela boca, pelo o que fala e come



Este velho e batido diário continua atual e precioso. As palavras devem ser pensadas e trabalhadas antes de serem lançadas ao vento, porque depois que saírem da boca, não tem santo que possa fazê-las voltar.

Outra forma frequente de matar o peixe é pelo o que ele come. Existem terapias baseadas nos alimentos que prometem curar vários tipos de doenças e prevenir que apareçam mais pra frente. Dietas a base de sucos de hortaliças e da eliminação da proteína animal, derivados de leite, farinhas e açúcar estão se disseminando.

Tudo é uma questão de prática e disciplina. Se pensarmos bem antes de falarmos algo e se fizermos o mesmo, ao escolher nosso alimento, teremos uma vida mais saudável e longeva.

Mas alguém pode perguntar: Do que adianta viver mais sem poder espalhar nosso veneno e comer nossa picanha?

Esse impasse nos remete ao processo de desenvolvimento humano. Será que ao longo das nossas vidas, deveríamos nos preparar para fazer escolhas cada vez melhores?

Trocar o blá blá blá inútil por conversas mais profundas e efetivas? Trocar a comilança por reuniões com amigos verdadeiros? Dançar mais, caminhar mais, ler bons livros?

Talvez o segredo seja pararmos de fazer e falar coisas no automático.

Falar muito não é falar o importante.

Comer muito não significa alimentar nosso corpo e alma.

É uma questão de afinar no instrumento...


Viver é afinar o instrumento.
De dentro pra fora.
De fora pra dentro.

Serra do Luar (Walter Franco).


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