As pessoas que começaram a trabalhar há algumas décadas percebem que algo mudou no ambiente das organizações.
Trabalhar na empresa A, na multinacional B ou na corporação C, que era a aspiração do pessoal mais antigo, parece que agora não brilha mais os olhos nos jovens profissionais e não surge no topo do ranking das metas das pessoas.
O que mudou? As pessoas ou as organizações? Arriscaria dizer que o trabalho possui outro significado para os indivíduos, enquanto as organizações ainda vivem das velhas fórmulas de uma época onde as pessoas não tinham outras alternativas a não ser ter seu nome em um dos cartões da famosa "chapeira".
Hoje as pessoas possuem alternativas diferentes e possuem mais informação. Suas redes sociais transmitem os fatos instantaneamente e abrem novas possibilidades. Por que os jovens deveriam "vestir a camisa" se as organizações não os entendem e ainda insistem em focar apenas nos resultados financeiros de curto prazo?
Parece que os jovens querem aproveitar sua vida, com seus amigos e o trabalho não é mais o centro da sua existência. Empresas gastam milhões nos seus programas de trainee e descobrem que em pouco tempo, os talentos que custou muito pra recrutar, irão escapar por suas mãos sem que muito possa ser feito.
Contratar pessoas humildes para a base da pirâmide também carece agora de efetividade, pois os jovens podem ser de baixa renda, mas são informados e conectados. Também querem mais do que um contracheque e benefícios.
O que acontece com o Pato e o Ganso acredito que ilustra bem a atual situação. Altos salários não irão faze-los jogar bola. Os clubes são um dos maiores exemplos de organizações arcaicas, autoritárias e pouco profissionais. Querem ter um bom time, mas conhecem pouco da boa administração e não conseguem ativar aquilo que faz as pessoas se mexerem: a meta maior que faz valer a pena expor a canela e tentar o drible.
Gol de qualquer jeito, os jovens profissionais não querem mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário