Tive a oportunidade de trabalhar em algumas empresas familiares e elas realmente são diferentes das grandes corporações, por mais profissionalizadas que pareçam ser.
Se você recebeu um convite para trabalhar em uma empresa familiar e está em dúvida se aceita ou não, entenda como funciona este tipo de empresa para decidir com segurança. Veja algumas situações que irá viver:
1. Disputa interna: será inevitável que você se defronte com disputas de poder entre os membros da família. Tenha uma postura propositiva, colocando-se a disposição para ajudar na solução de problemas, mas nunca tome partido. Isto é mortal.
2. Arena política: muitas vezes a força política dos relacionamentos irá falar mais alto do que a meritocracia. A defesa de um sistema baseado em competências pode ser uma forma de implantar boas práticas de gestão. Isto é, garantir as melhores entregar em diferentes contextos.
3. Benchmarking: uma maneira de quebrar barreiras e implantar métodos adequados é o uso do benchmarking. A família precisa ser provida constantemente de bons cases e sempre estar disposta à visitar outras empresas e conversar com bons gestores que tiveram sucesso em sua empreitada.
4. Pesquisa e estatística: Expulse a administração baseada em "feeling". E o caminho para isso é a prática constante de boas pesquisas quali e quanti com o uso de métricas para medir o desempenho. Os números podem derrubar as "caras feias".
Lembre-se que as empresas familiares possuem valores fortes, muitos mitos e heróis. Foi isso que as fizeram sobreviver no ambiente corporativo. Isto não deve ser perdido, mas para implantar as melhores práticas, ferramentas de gestão e construir uma equipe de primeiro nível será fundamental mostrar aos dirigentes que o caminho está na integração da alma do fundador a um corpo ágil, flexível e pronto para reagir as contínuas mudanças.
E o cérebro? Ele será o fruto de uma construção conjunta, que traga a garra da família ao fôlego das práticas de mercado.
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