sexta-feira, 18 de novembro de 2016
A América precisará de seu Capitão para os dias que virão
Os anos que nos esperam trazem ares de desânimo e incertezas, principalmente pensando no que poderá acontecer com os Estados Unidos.
As entidades que defendem o meio ambiente e os direitos civis estão em alerta para um possível retrocesso que irá impactar o mundo como um todo. Afinal, vivemos todos numa mesma casa, por mais que insistam em dividi-la em cômodos.
A democracia nos prega peças a cada momento. Existir pessoas que ainda defendam a indústria dos combustíveis fósseis e que preguem a não existência de problemas ambientais, até é possível entender. Afinal, os primeros dinossauros duraram milhões de anos. O que nos espanta é que a metade do país mais poderoso tenha entregue seus destinos (e os nossos também) para um grupo com esta mentalidade.
Mas estes ciclos são constantes, basta olhar à História.
O ponto que separa a realidade da ficção é a não existência de algum grupo de Avengers que possa olhar por nós. Até porque mesmo eles, quando entram em ação, devastam tudo pela frente.
Então, quem poderá nos salvar? (como assim falava a turma do Chapolin).
Será uma prova para a eficácia da democracia americana e para o poder de influência dos organismos internacionais e para a humanidade como um todo.
Talvez os impactos econômicos de uma política isolacionista e de confronto sejam os agentes decisivos para bloquear o apocalipse, pois os reflexos para a economia americana de um sistema fechado ao comércio e ao diálogo podem ser mais poderosos que quaisquer medidas internacionais.
O desânimo com os políticos tem sido responsável pela ascensão ao poder de pessoas aparentemente "fora" das arenas tradicionais. Temos vários outros exemplos, dignos de um clássico de Cervantes.
O lado positivo do contra-ataque do Império, pode ser a mobilização das diversas instituições e federações. E que a Força esteja conosco, não é mesmo, Papa Francisco?
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
Educação financeira, uma visão sistêmica
Segue minha apresentação sobre educação financeira em evento do Banco Central.
Este assunto de ve ser tratado como algo sistêmico.
https://www.youtube.com/watch?v=AgaOGyJ_UCg
Este assunto de ve ser tratado como algo sistêmico.
https://www.youtube.com/watch?v=AgaOGyJ_UCg
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
A Geração Millennials não existe. Somos todos da mesma geração.
Todos já ouviram
falar dos boomers, geração X, Y ou millennials. Parece ser uma unanimidade que
as novas gerações são mais impacientes, adoram tecnologia, valorizam a
qualidade de vida e querem ser donos do próprio nariz.
Quando falamos
que as novas gerações são mais descoladas, fica a impressão que eles nascem com
algo diferente em relação a nós, cinquentões ou quarentões. Contudo, isso
parece ser mais uma grande falácia.
Dividir as
pessoas em gerações talvez seja uma forçada de barra. Os anseios e a busca
interior de todas as pessoas são iguais, independente se nasceram nos anos 60,
70, 80, etc.
O que mudou nas
pessoas jovens, é que nasceram num mundo mais conectado, tiveram pais menos autoritários,
além de acesso a conhecimentos inatingíveis aos ”tiozões” de plantão.
Pessoas jovens,
que vivem num ambiente de liberdade e com acesso irrestrito aos conhecimentos
do novo tempo, certamente serão impacientes, descolados, preocupados com o meio
ambiente e com sua carreira, que terá que ser rápida e aguda.
Mas a chamada
nova geração ainda não teve respondidas as questões que realmente importam:
qual seu papel no mundo? Para onde sua jornada os levará? Por que estão neste
planetinha aqui e agora?
As escolas hoje e
na época do grupo escolar, não conseguem responder as questões humanas
universais. Apenas formam pessoas para o trabalho e para o consumo, que move o
mundo, não é?
Então, não
importa a década em que nascemos. Temos os mesmos problemas existenciais para
sanar.
A diferença é que
hoje nossos filhos podem levar suas namoradas ou namorados para dormir nos seus
quartos, sem que a casa caia.
Afinal, nós, os
boomers, temos mais o que fazer do que infernizar nossos rebentos. Precisamos
tirar o atraso daquilo que não fizemos quando estávamos no colegial técnico.
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Devo ter um carro ou andar de Uber?
Ter um carro sempre foi uma meta para os jovens com mais de dezoito anos e era quase como ritual de passagem da adolescência para a vida adulta.
Com o crescimento urbano, engarrafamentos, custos elevados para comprar e manter um carro e o advento dos aplicativos como o Uber, as pessoas começam a se perguntar se ainda vale a pena ter um carro.
Recentemente, vendi meu carro e comprar outro parecia uma decisão óbvia. Mas, ao fazer contas e comparar com outras alternativas, descobri que ter outro carro não era mais a única opção que tinha.
Fiz uma planilha comparativa onde analiso as duas possibilidades: comprar um carro ou andar de Uber. Moro perto do trabalho e rodo apenas 10 quilômetros ao dia.
Na primeira opção, comprar um carro, estimei um veículo no valor de 70 mil reais. Ao final de um ano, o saldo do valor que investi será de 56 mil, ou seja 20% de depreciação. E irei gastar durante o ano, quase 18 mil com impostos, seguro, combustível, estacionamento, manutenção, etc.
Na segunda opção, pegar os mesmos 70 mil e em vez de comprar um carro, andar de Uber, terá como resultado um saldo do valor que investi de 79 mil, pois deixarei o dinheiro aplicado. Logo, estarei trocando uma perda de 20% por um ganho de mais de 12%. Além disso, o gasto como Uber durante o ano será de cerca de 11 mil reais.
Logo, no meu caso, não vale a pena ter um carro!
Veja o resumo:
Comprar um carro: capital final de 56 mil e gasto anual de 18 mil.
Andar de Uber: capital final de 79 mil e gasto anual de 11 mil.
Para pessoas que rodam mais para ir ao trabalho, a equação muda e pode ficar mais caro andar de Uber. Mas existem outras opções, como carona compartilhada, Uber Pool, que podem deixar a ida ao trabalho mais acessível.
Obviamente, ter um carro na garagem gera bem-estar e muitas pessoas ainda se sentem mais prestigiadas ao dirigir um moderno e sofisticado veículo de quatro rodas. Contudo, pensando racionalmente e tendo uma visão de sustentabilidade, a Era do Automóvel começa a ser questionada.
Certamente, a decisão caberá a cada pessoa.
Baixe a planilha que fiz e faça a comparação se no seu caso, é melhor ter um carro ou andar de Uber. A planilha possui dados variáveis e você poderá simular vários cenários.
Boa escolha!
https://www.sendspace.com/file/ewh2ek
domingo, 9 de outubro de 2016
O Parque Ibirapuera vai ser privatizado? E daí?
Com a nova administração da Cidade de São Paulo, surgem as medidas de impacto. Uma delas é dar concessão para a iniciativa privada explorar os parques de cidade e assim, livrar a prefeitura de pagar a conta.
Sou usuário do Parque do Ibirapuera e realmente ele poderia estar mais bonito. Mas não considero que esteja feio ou abandonado. É um parque charmoso, sim!
Se a iniciativa privada começar a geri-lo, terá que buscar fontes de receita para a conta fechar. Não há dúvida quanto a isso. Mas o que iria mudar no parque?
Certamente, a venda de alimentos e bebidas deverá ser alterada. Hoje, existem algumas lanchonetes meio precárias, um restaurante e muitos ambulantes, dos quais compro água de coco. Não há dúvida que a empresa gestora irá buscar receita com a venda de alimentos. E provavelmente irá expulsar os ambulantes que vivem do seu comércio lá. Com o monopólio, os preço devem subir. É só lembrar da venda de comida nos aeroportos. Um verdadeiro roubo.
O estacionamento também deverá ser alvo de receita e a zona azul, hoje existente, poderá desaparecer. Já posso imaginar aquelas cancelas automáticas nos diversos portões do parque e a gente, depois do treino, procurando onde pagar o estacionamento. Que também será mais caro.
Mas o item que mais me preocupa é o uso das áreas públicas para eventos e shows. Não quero ter que encarar mais um monte de propaganda e promoções de venda na minha corrida matinal! Já chega de sermos bombardeados nos shoppings e na TV. Também já consigo visualizar aquelas moças bonitas, de uniforme, promovendo produtos de beleza, salsichas e automóveis. Tudo pra gente gastar mais, além de ser uma forma de elitizar a frequência do local. Uma bobagem...
A ida a um parque público deveria inicialmente ser um momento de interiorização, já que passamos praticamente o tempo todo vivendo o mundo exterior e suas armadilhas e bobagens. As atividades ao ar livre deveriam nos conectar conosco mesmos e com as pessoas ao nosso redor. Promover atividades em grupo, com a família e a comunidade. Ser um local para a cultura da Paz, que tanto precisamos.
Não quero ter que frequentar mais um lugar para as empresas exporem suas marcas e produtos. Gerando mais estímulo ao consumo e ao distanciamento com nosso Eu Superior.
É preciso entender que a privatização não é a solução para todos os problemas brasileiros. O Central Park, em Nova York, é administrado por uma ONG e recebe doações dos ricos de plantão, vizinhos do parque. Essa pode ser uma boa alternativa.
O poder público tem a obrigação de promover o bem-estar e a qualidade de vida dos cidadãos. E isso passa por equilíbrio físico-emocional-mental-espiritual e o acesso aquilo que realente nos deixa pessoas melhores: a saúde, a confraternização e a busca por uma vida menos materialista.
Então, que tal pensar em alternativas comunitárias e não apenas comerciais? Que as empresas se unam nesta causa, mas sem a busca frenética de aumentar suas vendas no curto prazo. Isso sim, na minha opinião, é ser moderno e bom gestor.
Vamos correr?
terça-feira, 4 de outubro de 2016
7 passos para saber se seu trabalho está alinhado à sua Missão Superior
1. Reflita se seus principais valores estão alinhados à empresa onde trabalha.
2. Analise se você aceitaria exercer sua atividade profissional sem remuneração, caso pudesse abrir mão dela.
3. Verifique se é possível fazer a ponte entre seu trabalho e algumas melhorias que o mundo precisa.
4. Observe se seu trabalho contribui para deixar as relações mais transparentes e verdadeiras.
5. Pense se é possível deixar o ambiente e as pessoas mais bonitas com seu trabalho.
6. Veja se sua atividade profissional colabora para levar a justiça às relações humanas.
7. Perceba se seu trabalho promove o bem comum.
Caso não seja possível responder "SIM" a pelo menos 4 das 7 perguntas, reflita se vale a pena continuar na trilha profissional que você está percorrendo agora.
domingo, 2 de outubro de 2016
Administrar São Paulo como se fosse uma empresa privada é o caminho?
Hoje São Paulo elegeu seu novo gerente. Pelo menos é isso que João Dória sempre disse: "Não sou político. Sou um empresário, um gestor". E o povo paulistano comprou a ideia.
Não é difícil entender porque os cidadãos não aguentam mais os políticos, depois de tantos escândalos recentes, falta de boa administração da máquina pública e incompetência pra todos os lados.
Mas o caminho será tratar a cidade e suas necessidades como uma empresa?
Uma empresa, primeiramente, tem dono. Não é um ser coletivo que tenta atender de forma justa e igualitária aos anseios de seus componentes. Os objetivos estratégicos são definidos pela alta direção e pelo conselho de administração, que representa os acionistas, ou seja, os donos. E o foco é maximizar os resultados financeiros e expandir os negócios com olhos no futuro. Não existe o princípio do "bem comum".
Uma cidade possui um conjunto de prioridades muito diversificado. A divisão do orçamento do município segue uma lógica não baseada na eficiência e sim, no embate político. Por que direcionar recursos para creches e não para a saúde? Por que investir na periferia e não nos bairros nobres? A lógica não pode ser a eficiência.
Uma empresa contrata seus administradores pela competência, baseada na experiência passada, na formação acadêmica e nos resultados atingidos. Um prefeito escolhe seus secretários e subprefeitos baseado nos acordos políticos, senão, ele não consegue governar. E os vereadores? Como tratar um poder legislativo que está longe dos fundamentos corporativos?
E os funcionários públicos municipais? Serão tratados agora como executivos? Terão metas? Precisarão provar seu valor e competência para continuarem empregados? Terão que se reciclar e aprender idiomas, além de ter um MBA? Ou será a mesma máquina pública de sempre?
Será criado algum Conselho com Presidentes de empresas para ajudar na gestão da cidade? Talvez cada grande corporação pudesse cuidar de alguma área na cidade, como se fossem unidades de negócio. Uma grande empresa de planos de saúde poderia cuidar da Secretaria de Saúde? Algum grupo universitário ficaria com a Secretaria da Educação? Talvez alguma empresa de vigilância patrimonial pudesse cuidar da Secretaria da Segurança? Cada uma delas com metas e indicadores de desempenho. O que acham?
O Presidente de uma empresa é escolhido pelo Conselho de Administração, tendo como norteadores o perfil ideal e os objetivos a serem atingidos. São Paulo escolheu seu CEO baseado em alguns minutos de propaganda política e de uma imagem que foi aderente ao inconsciente popular.
Será uma interessante experiência avaliar a gestão empresarial de Dória no comando da Prefeitura de São Paulo. O mais instigante será pensar em quais métricas usar para avaliá-lo. Os fundamentos empresariais criarão uma cidade mais justa e equilibrada ou acentuará as desigualdades as quais o paulistano já está acostumado? Seremos mais felizes?
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