quarta-feira, 22 de junho de 2016

Os Casais no Eneagrama: Ele tipo 6, ela tipo 2



Sara é um tipo 2, generosa, altruísta, em busca de uma vida onde possa fazer a diferença e contribuir para um mundo melhor.

Nauro é um tipo 6, amigo, leal companheiro, pensamento rápido, em busca de deixar as coisas mais fáceis e estruturadas para atender as pessoas.

Formam um casal com muita energia de servir. O trabalho em prol dos outros do tipo 2 pode ser potencializado pela energia criativa e de compartilhamento do tipo 6?

Sara e Nauro possuem uma intensa vida social e sua casa está sempre repleta de amigos. Seus finais de semana são voltados à família, além de diversos trabalhos sociais que fazem. Servir e compartilhar, um caminho natural ao 2 e 6...

Um desafio para ambos é aprender a dizer não. Sempre tem alguém para ajudar e muitas vezes isto os deixa em situações complicadas. Assumem compromissos que não são seus e querem muito mudar isso em suas vidas.

No Eneagrama, os dois tipos possuem caminhos que podem ser comuns, apesar de não estarem formalmente ligados. Sua busca é equilibrar momentos para si e momentos para os outros.

Sara é assistente social. Trabalha em um hospital público.

Nauro é designer. Desenvolve projetos para interiores.

Será que a energia voltada para o outro nos dois casos poderá evitar que o casal invista também neles próprios?

Você conhece algum casal assim?

Comente aqui no blog.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Os Casais no Eneagrama: Ela tipo 1, ela tipo 7



Lisa é um tipo 7, brincalhona, pensamento rápido, energia alta, em busca de uma vida cheia de alegria, amizades e aventuras.

Natalie é um tipo 1, organizada, pensamento estruturado, idealista, em busca de melhorar o mundo.

Formam um casal cheio de pique. A energia cativante do tipo 7 com o poder transformador do tipo 1.

Lisa torna a vida de Natalie mais colorida com espaço para a aventura e o lúdico. Natalie consegue ancorar o espírito voador de Lisa para que transforme ideias em projetos de vida. Yin e Yang juntos de forma compartilhada...

Buscam um vida feliz, com simplicidade, amizade e cumplicidade. O desafio é vencer os pontos cegos que todos relacionamentos possuem..

No Eneagrama, os tipos 1 e 7 estão ligados, servindo de ponto de equilíbrio, mas que também podem virar um ponto de sombra.

Lisa é publicitária. Trabalha com criação.

Natalie é analista de sistemas. Desenvolve projetos de TI.

Pode a busca pela perfeição conviver em harmonia com a aventura pura?

Você conhece algum casal assim?

Comente aqui no blog.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Os Casais no Eneagrama: Ela tipo 4, ele tipo 5



Lúcia é um tipo 4, sensível, criativa, idealista, espiritualizada, em busca de um sentido superior pra sua vida.

Gregório é um tipo 5, intelectual, investigador, mente agitada, em busca de entender o mundo.

Formam um casal muito interessante. A mágica do tipo 4 com a razão do tipo 5.

Lúcia é o porto seguro da alma inquieta de Gregório. Ele é a referência de Lúcia num mundo tão sem referências...

Querem viver a vida juntos. Mas a visão de mundo de cada um, muitas vezes os coloca em lados opostos.

Como fazer para Gregório se abrir ao mágico e ao místico?

Como conseguir que Lúcia mantenha-se ancorada na razão nos momentos necessários?

Gregório e Lúcia são professores. Ele ensina matemática e ela, música.

Música combina com matemática? Parece que sim. E o resultado são as mais lindas sinfonias...

Você conhece algum casal assim?

Comente aqui no blog.

Como avaliar a qualidade de uma Universidade Corporativa?


No mercado corporativo, virou moda a criação de universidades corporativas. Todas as empresas querem ter suas entidades de ensino corporativo, com suas diversas escolas do conhecimento.

Mas como avaliar a qualidade dessas entidades? Como saber se realmente estão cumprindo seu papel educacional e não são apenas o velho departamento de treinamento com cara nova?

Pensando nesse dilema, lancei recentemente um livro que busca criar parâmetros para avaliar as universidades corporativas. Não basta avaliar se o coffee-break estava gostoso ou se o professor encantou a turma.

A proposta possui uma abordagem transdisciplinar e a criação de três indicadores de alinhamento: estratégico, ecológico e andragógico. A universidade é avaliada como um todo e todos os diversos públicos são convidados a participar da avaliação.

O livro já está disponível no site da editora.

Acesse: http://qualitymark.com.br/como-avaliar-universidades-corporativas

Boa leitura!

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Os Casais no Eneagrama: Ela tipo 8, ele tipo 9


Amanda é um tipo 8, assertiva, determinada, em busca de autonomia e realização pessoal.

Paulo é um tipo 9, tranquilo, pacato, adora assuntos espirituais.

Um belo casal. A força do tipo 8 e a capacidade integradora do tipo 9.

Os dois se completam. Paulo adora o gênio forte de Amanda. Amanda ama o jeito apaziguador de Paulo.

É muito comum tipos com energias opostas buscarem um ao outro.

A energia é oposta mas os objetivos são os mesmos.

Amanda e Paulo abriram um restaurante natural. Ela administra o negócio e ele cuida da cozinha.

Amanda busca a energia do tipo 2 para focar sua energia também no outro. Paulo busca a energia do 3 para ampliar sua capacidade empreendedora.

Você conhece algum casal assim?

Comente aqui no blog.

sábado, 4 de junho de 2016

Visionário, o quarto caminho da Liderança Educadora




Lucas entrou atabalhoado na maternidade. Seu sogro ligou pra ele às 2h da manhã dizendo que estavam levando Patrícia para a maternidade. Parece que Pedro estava dizendo ao mundo que era chegado o momento. O maior medo de Lucas era não estar presente no nascimento do seu filho e confirmar sua fama de ausente.

Ao chegar à recepção foi informado que Patrícia estava sendo observada e já tinha quase a dilatação necessária ao nascimento. Então ele chegou ao quarto, onde seus sogros também estavam esperando e encontrou uma mulher serena com um semblante de paz.
Você está bem?” - indagou Lucas.

“Sim, acho que chegou a hora do Pedro nascer” – disse Patrícia.

“Que bom que cheguei a tempo. Quero muito estar ao seu lado no nascimento do nosso filho” – afirmou com segurança, nosso herói.

“Sempre há tempo para estarmos presentes, né, Lucas?” – disse Patrícia com um olhar de desconfiança.

Então o médico de Patrícia entrou no quarto para examiná-la. Lucas e seus sogros esperaram do lado de fora e foram informados de que Patrícia seria levada para a sala de cirurgia.

Lucas ficou observando sua esposa sendo levada pela equipe de enfermagem e um aperto em seu peito deixou o rapaz sem palavras, enquanto Patrícia sumia pelo corredor.

Quando Lucas espera na sala ao lado da ala de cirurgia começava a refletir sobre as mudanças que ocorreram em sua vida. Ele tinha começado uma nova etapa profissional. Sentindo-se um “copo cheio”, nosso executivo começou seu trabalho de forma destemida ou como ele mesmo acabou reconhecendo, como um animal desgovernado.

Gastou muito dinheiro, não ouviu a ninguém, deu pouca atenção às pessoas e aos relacionamentos e ficou sozinho, com seu emprego na berlinda. Após quase sucumbir, teve um colapso e foi apresentado ao Caminho Quádruplo e sua epopeia. Aprendeu o posicionamento do Guerreiro, o envolvimento Educador do Mestre e a abordagem efetiva e saneadora do Guerreiro.

Lucas se lembrava de ter usado também as potencialidades do Visionário. Este arquétipo nos mostra que apenas a Verdade pode aquietar nossos corações e nos mostrar a Visão de nosso futuro. Criatividade não é apenas ter ideias inovadoras, e sim, entender que para chegarmos a algum resultado precisamos ser autênticos e não abandonarmos a nós mesmos.

O abandono de nossa Essência ocorre em três situações.

Quando renunciamos a nós mesmos por amor alguém.

Quando renunciamos a nós mesmos para obtermos aceitação ou aprovação de alguém.

Quando renunciamos a nós mesmos para mantermos a paz, o equilíbrio ou a harmonia.

Em algumas tradições xamânicas, quando renunciamos a nós mesmos, eles dizem que renunciamos a falar a língua do espírito e deixamos nosso coração fraco. Isso faz com que nos tornemos dissimulados, manipuladores e estrategistas de objetivos ocultos. O ambiente empresarial está repleto de pessoas que perderam a língua do espírito e deixaram seu coração enfraquecer. A fúria e o autoritarismo são os melhores exemplos de líderes fracos, perdido em sua Essência.

Lucas começava a sentir-se autêntico novamente. Buscou as pessoas que antes desprezara e os chamou para trabalhar um projeto juntos, onde todos ganhariam. Uma nova, mas discreta campanha foi criada e nos produtos desenhados por Lucas foram promovidos juntamente com o portfólio atual da empresa.

Finalmente as vendas começaram a aparecer. Lucas havia conseguido desenhar um case de “sucesso”, aquilo que antes ele buscava de forma desgovernada, e que agora nosso executivo do perfil 3 do eneagrama, começava a experimentar de forma firme e sustentável. Ao abrir-se para a verdade e a autenticidade, o tipo 3 caminha para trilha do tipo 6 e abre-se à confiança e o poder dos relacionamentos.

Lucas descobrira que uma empresa somente pode ser visionária quando se posiciona corretamente, promove alianças, educa todas as partes envolvidas e cura as chagas que surgem no caminho.

Pessoas “copo cheio” nunca serão visionárias e inovadoras. Animais desgovernados são apenas mais uma parte acéfala de um mundo corporativo cada vez mais insano e sem propósito.

Lucas sentiu-se renascendo para novas possibilidades em sua vida e enquanto refletia sobre seus últimos meses, recebeu a notícia que tanto esperava. Pedro havia chegado...

Quando ele entrou no quarto e pegou seu filho pode perceber na prática o aprendizado que havia recebido recentemente. Uma criança com o semblante sereno de Patrícia. Foi essa sua percepção e que agora estava nos seus braços para que pudesse ser amada, educada e encaminhada para uma vida cheia de aventuras e aprendizados.

 (três meses depois)

 Lucas, Patrícia e Pedro entraram no aeroporto com muitas malas e muitos sonhos. Depois que o ciclo se fechou no trabalho de Lucas, ele entendeu que tinha muito ainda a estudar e que seria importante para ele e sua família um novo começo nos horizontes no Hemisfério Norte.

Nosso protagonista havia sido aceito para lecionar em uma pequena universidade em Vancouver. Patrícia aceitou prontamente abandonar seu emprego e irem juntos conhecer uma nova cultura e novas possibilidades nas terras distantes do Canadá.

Lucas sabia a importância do aprendizado recebido e ansiava uma postura nova em sua vida. Agora, ele queria continuar estudando e convivendo com culturas diversas. Mas Lucas tinha certeza que nos laços com sua esposa e filho ele buscaria a força que direcionaria seus esforços de crescimento pessoal.

Ao encontrar-se consigo mesmo, Lucas teve a possibilidade de se achar como pai e companheiro e agora vislumbrava a possibilidade de ser um cidadão planetário e atuar na mudança das mentalidades das comunidades, corporações e sociedades.

Nosso amigo viajante era agora um aprendiz e sentia que seu caminho estava mais leve ao deixar para traz o peso de coisas que não lhe traziam valor algum e ao preencher o espaço por aquilo que realmente importava e não pesava nem um pouco.



sábado, 21 de maio de 2016

Curador, terceiro caminho da Liderança Educadora


Após duas semanas sem ver Patrícia, Lucas estava ansioso para revê-la. Os dois combinaram de se encontrar num simpático Café aonde sempre iam quando o tempo sobrava. Ele estava sentado aguardo pela chegada da sua esposa.

Após quinze minutos de espera, a moça entra no estabelecimento e deixa que um sereno sorriso preencha sua face ao ver Lucas sentado numa mesa perto da porta. O encontro é um pouco nervoso, pois eles não sabiam muito bem como tratar um ao outro depois de quinze dias separados.

“Como estão as coisas no escritório” -  perguntou Patrícia.

Lucas via na sua esposa uma pessoa admirável. Mesmo no final da gestação, ela ainda transpirava beleza e um ar nobre que sempre estava presente nela.

“Estão caminhando. Resolvi mudar minha estratégia e assumir um papel mais ponderado. Ouvir as pessoas, envolvê-las nas decisões e me posicionar corretamente” -  disse Lucas.

Patrícia não conseguia acreditar nas palavras que saiam da boca de seu marido. Ponderação e Envolvimento nunca foram as fortalezas de Lucas, que sempre foi aguerrido, assertivo e pragmático.

“Então o velho Lucas está mudando? Onde foi parar o combativo e destemido executivo?” - indagou Patrícia com visível ironia.

“Eu era um animal desgovernado, um besta no sentido literal da palavra...” - falou o rapaz sorrindo dele mesmo.

 “Sempre entendi que um executivo devia acreditar no que achava correto, na sua estratégia e seguir em frente vencendo todos os obstáculos. Eu me considerava um guerreiro, mas agora descobri que nem mesmo isso eu era. Um guerreiro de verdade sabe trabalhar o poder com sabedoria. Eu era apenas uma pessoa tola. Como me disseram, um animal desgovernado” - completou Lucas.

Patrícia estava surpresa. Lucas transmitia uma serenidade que ela nunca havia percebido em seu marido anteriormente. Parecia que algo havia acontecido.

“Mas o que fez você mudar tão radicalmente de atitude?” - questionou Patrícia.

“Depois de muita cabeçada, notei que não estava chegando a lugar algum. Gastei tempo e dinheiro da empresa em um projeto cheio de falhas e conduzido de forma infantil por mim. Fui parar no pronto socorro e parece que algumas pessoas boas foram colocadas no meu caminho” -  disse Lucas, uma pessoa cética até aquele momento e que achava qualquer tipo de iniciativa de autoconhecimento, uma grande babaquice, em suas palavras.

Continuou o rapaz -  “uma pessoa muito legal lá do escritório me deu esse livro”, então ele colocou o Caminho Quádruplo em cima da mesa.

”Aprendi alguns conceitos importantes e resolvi pô-los em prática. Primeiramente, um posicionamento correto, onde minha presença conseguiu transmitir autenticidade para as pessoas. Uma forma clara de me comunicar com todos e o compartilhamento do poder com as pessoas envolvidas no projeto”.

“Puxa, fiquei interessada por este livro” - sorriu Patrícia.

“Não há nada de novo aqui. Mas às vezes alguém precisa dizer o óbvio pra gente. Também procurei assumir um papel educador. Marquei reuniões com a equipe e fomos descobrindo os pontos falhos e as necessidades de mudança no projeto. Fiz várias rodadas de conversa com outras pessoas da empresa e propus aos outros diretores um novo projeto, onde os produtos atuais seriam trabalhados em conjunto com os novos que eu tentava lançar no mercado. Foi um mix do posicionamento do Guerreiro com a dedicação do Mestre, dois dos quatro arquétipos apresentados no livro.” - completou Lucas.

“E tem mais coisa ai nesse seu livrinho vermelho?” -  perguntou com curiosidade, Patrícia.

“Sim”, afirmou Lucas. “Estou agora no estágio do Curador, outro papel do Líder que visa curar algumas formas perigosas de dependência que assolam nossas vidas e nos faz perder o foco e energia naquilo que fazemos” – explicou Lucas.

“Nossa, fiquei curiosa, quais são essas dependências” - perguntou de forma impaciente, Patrícia.

“Estou aprendendo que tomamos atitudes cheias de dependência de coisas que apenas atrapalham nosso caminho. A primeira delas é a dependência por intensidade. Os executivos sempre tentam trabalhar e buscar resultados numa intensidade desnecessária. Tudo tem que ser o maior e o melhor, nossa empresa, nossos projetos, a forma como nos posicionamos. Estou aprendendo agora que ações simples e efetivas são muito mais eficazes do que um desfile luxuoso, mas vazio em conteúdo.”

“A dependência da perfeição é a segunda armadilha que os executivos sempre acertam em cheio. Ela significa que não toleremos falhas e por isso, ficamos vulneráveis a todo o momento. Isso faz com que vivamos sempre no fio da navalha, desnecessariamente e nossa energia é desperdiçada”.

“A dependência pela necessidade de saber é outra variância que nos assola. Quando queremos saber tudo e controlar a todos, ficamos controladores e autoritários. E o pior, não deixamos espaço para a surpresa e a criatividade. Tudo fica cinza.”

E completou Lucas -  “Finalmente, a dependência naquilo que não dá resultados. Apenas uma parte de nós não dá bons resultados e quando estamos com essa dependência nos concentramos apenas nessa parte. Encaramos a vida sob um prisma fixo e não somos capazes de confiar em informações intuitivas. Viramos pessoas obsessivas”.

“Então essas são as dependências do executivo do tipo “animal desgovernado”. É isso Lucas?” - perguntou com sincero interesse, Patrícia.

“Sim, Patrícia, é isso mesmo. Reconheço que minha arrogância quase acabou com minha carreira e com nosso casamento. Daqui a pouco, Pedro irá chegar ao mundo. Eu queria muito que, além dele encontrar um lugar melhor para viver, também encontrasse um pai melhor, mais sábio e tolerante. Uma pessoa melhor” - completou Lucas.

“Estou sem palavras. Torço muito por você, Lucas. Quero que nosso filho tenha um bom pai, apenas isso. Alguém em que ele possa se espelhar e crescer uma pessoa consciente e útil ao mundo”-  disse Patrícia -  “Bem, preciso ir, tenho consulta ainda hoje. Parece que está chegando a hora de Pedro vir à Luz. Tchau... Se cuida”- despediu-se Patrícia com um beijo no rosto de Lucas.

Ao nosso herói, restava agora voltar pra casa, descansar e voltar aos seus projetos no dia seguinte. O sentimento é que faltava pouco agora para que pudesse mostrar para o que veio. O final estava próximo, mas ainda exigia algumas braçadas.