terça-feira, 2 de setembro de 2014

Constelação Familiar: crescendo ou afundando com nosso histórico familiar


Constelação familiar é um método psicoterapêutico recente, com abordagem sistêmica fenomenológica, desenvolvido pelo filósofo e psicoterapeuta alemão Bert Hellinger.
Hellinger descobriu que determinados comportamentos se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações. Muitos problemas, dificuldades e mesmo doenças de seus clientes estavam ligadas a destinos de membros anteriores de seu grupo familiar.
A “constelação familiar” consiste em um método no qual um cliente apresenta um tema de trabalho e, em seguida, o terapeuta solicita informações factuais sobre a vida de membros de sua família, como mortes precoces, suicídios, assassinatos, doenças graves, casamentos anteriores, número de filhos ou irmãos.
Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros membros do grupo, de preferência estranhos a sua história, alguns para representar membros do grupo familiar ou ele mesmo. Esses representantes são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar como o cliente sente que se apresentam as relações entre tais membros. Em seguida, guiado pelas reações desses representantes, pelo conhecimento das "ordens do amor" e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível, os representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar.
Não damos conta de como somos influenciados pelos membros da nossa família. Quantas escolhas, fracassos e sucessos estão ligados á nossa herança familiar! A questão central é o fato de tomarmos decisões e conduzirmos nossa vida, seguindo um padrão que se repete em nossa árvore familiar, sem que tomemos consciência disso.
Será que somos realmente livres nos caminhos que trilhamos ou agimos como robôs, reproduzindo uma forma de ver o mundo, ligado a crenças que acompanham nossas vidas há muitas gerações?
A liderança educadora, que se baseia em quatro dimensões (ver post anterior), parte do autoconhecimento para que suas escolhas sejam efetivas e transformadoras. Quem não se conhece e não sabe por que toma certos caminhos, muitas vezes repetitivos, não está livre para liderar a si mesmo e aos outros.
Os posts sobre o Eneagrama, que são publicados neste blog fornecem algumas dicas para quem busca entender seus padrões inconscientes, mas que criam efeitos reais nas nossas vidas e daqueles que amamos ou lideramos.
É preciso refletir se nossos projetos ou sonhos são realmente aquilo que queremos e valorizamos ou estão em uma roda de repetições que herdamos de nossos pais e demais antepassados.
Quando nos olhamos no espelho, vemos a nós mesmos ou somos cópias dos nossos pais,  com os quais convivemos por muitos anos e que nos depositaram um legado ou fardo do qual não temos consciência?

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