segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Rogério Ceni, um líder que não deixa a fila andar


O pior erro de um líder é se sentir imprescindível. Ninguém o é.

Quando acreditamos na nossa onipotência, acabamos por esquecer o interesse da organização, da equipe e dos demais parceiros.

Este é o perfil de Rogério Ceni. Ele sofre daquele mal que acomete muitos outros líderes: a dificuldade de virar a página e de abrir caminho para os outros brilharem. Tudo e todos tem seu tempo e precisamos saber quando mudar nossa forma e local de atuação.

Rogério, sem dúvida alguma, contribuiria muito mais para o SPFC e para o futebol se assumisse um novo papel, de educador, coordenador e dirigente. O mundo precisa de dirigentes competentes e isso, o Rogério sem dúvida é.

Mas Rogério não quer abrir mão dos holofotes. Não consegue abrir caminho para uma nova e mais qualificada safra de goleiros que o futebol tanto precisa. Em vez disso, prefere ir para uma nova Libertadores da América sem o melhor condicionamento físico, reflexos e condições técnicas.

Mesmo que o seu time ganhe o torneio, o que ele terá provado? Que ainda possui qualidades como goleiro? E daí?

Os líderes educadores abrem caminho para outras pessoas brilharem na equipe. Não é "fominha". Isso é um problema em muitas organizações e é uma das causas das coisas ficarem emperradas por todos os lados. Muito interesse particular e pouco compromisso com a evolução do todo.

Evolução é fluxo, mudança. Para que as coisas possam acontecer e a fila andar.

Rogério, entenda que uma nova posição não significa menor dignidade. Pelo contrário, isso somente pode significar maior sabedoria.

E pare de bater pênaltis. É ridículo um time não ter um jogador de linha que possa bater um pênalti com precisão.

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