quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

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O técnico da Holanda Louis van Gaal surpreendeu o mundo no jogo das quartas de final contra a Costa Rica pela Copa de 2014 ao trocar o goleiro justamente no momento em que o titular poderia se consagrar: na decisão por pênaltis.

Absurdo? Afinal, como um líder pode desprestigiar dessa forma seu homem de confiança que vinha fechando o gol até aquele momento? Que mensagem ele passou para o grupo com aquela ação? Bobagem...

Nós, latinos, temos uma forma de pensar e sentir que para o povo do Norte não faz nenhum sentido. Van Gaal não tomou aquela medida porque não confiava no seu goleiro titular ou porque o reserva, Krul, era melhor pegador de pênaltis. Ele fez isso para dar um choque psicológico no adversário.

Imaginem os jogadores da Costa Rica quando viram aquela muralha com jeitão falastrão na frente deles! Certamente já foram derrotados para as cobranças e era isso que Van Gaal esperava que acontecesse.

A liderança educadora muitas vezes precisa ser criativa e surpreender a todos, inclusive a concorrência em momentos decisivos. Se bobear, até o chute na garrafa de água que o goleiro titular deu quando foi para o banco foi puro jogo de cena.

Para nós brasileiros, essa atitude pode parecer um absurdo. Ainda mais para um técnico paizão que administra muito mais pela amizade do que pela técnica, como Felipão. Mas, se queremos erguer a taça no domingo, precisaremos encontrar um forma de surpreender nossos adversários.

Já começamos, mesmo que obrigados, ao ter que montar um time sem nossa mais estrela. O que mais poderemos fazer?


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