terça-feira, 19 de agosto de 2014

Frida Kahlo: eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o nome


Magdalena Carmen Frida Kahlo, nascida em 1907, é considerada uma das principais pintoras mexicanas.

Aos seis anos, Frida contraiu poliomielite. A doença deixou como marcas o membro inferior direito mais curto e a musculatura atrofiada. O constrangimento causado pelas sequelas da doença criou nela o hábito de usar saias longas como as das indígenas mexicanas. Quando já era famosa, criou moda, porque as mulheres de um modo geral começaram a copiar suas roupas.

 “Para que preciso de pés quando tenho asas para voar”?

Quando tinha 18 anos, o ônibus no qual Frida Kahlo viajava chocou-se a um bonde. Várias pessoas morreram no acidente e ela fraturou três vértebras, a tíbia, além de três fraturas na bacia, que a impediu de ter filhos, apesar das várias tentativas que culminaram em abortos.

Se existe vida após a morte, não me esperem, porque não vou”. 

Nesse período, Frida pintou o quadro “A Cama Voadora (1932)”, onde é retratada deitada no leito do hospital. Flutuando sobre o leito, pode ser visto um feto do sexo masculino, um caramujo e um modelo anatômico de abdome e de pelve. No chão, abaixo do leito, são vistos uma pelve óssea, uma flor e um autoclave. Todas as seis figuras estão presas à mão esquerda de Frida por meio de artérias, de modo a lembrar os vasos de um cordão umbilical. Seu corpo é demasiadamente pequeno em relação ao tamanho do leito hospitalar, de modo a sugerir seu sofrimento e sua grande solidão.



Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.

Por muito tempo, Frida foi considera uma pintora surrealista, fato negado por ela própria, que dizia não pintar sonhos e sim sua própria realidade.  Muitas obras viriam em seguida, nas quais ela mesma se retratou em situações que mostravam seu sofrimento, euforia e seu cotidiano. Fez mais de trinta cirurgias e entregou-se ao álcool, vindo a falecer em 1954 por embolia pulmonar.

Bebo para afogar as mágoas, mas as danadas aprenderam a nadar”.

Frida foi intensa, única. Das suas mágoas, rejeições e mazelas nasceram obras belíssimas que ficarão como legado da humanidade. Os líderes que assumem seu papel educador têm também como missão deixar um legado para aqueles que irão sucedê-los.

As conquistas dos líderes que educam e empreendem não é construída sem que algumas lágrimas sejam liberadas de forma explícita ou subliminarmente. Os acidentes e imprevistos nos consomem a cada esquina. As chagas teimam em brotar no corpo daqueles que buscar fazer diferente, educar e formar cabeças pensantes e entregar melhorias para as organizações, famílias e outros ecossistemas.


Frida era frágil, mas imponente. Podemos não ser iguais a ela, mas de nossas fraquezas podem surgem lindos “regalos”, que se não irão nos imortalizar, certamente servirão de estradas para que nossos aprendizes possam trilhá-las.

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