A frase original
era: “Somos poeira de estrelas”, dita pelo cosmologista Carl Sagan. O motivo
para esta afirmação está no fato de que todos os elementos dos nossos corpos e
dos outros serem que habitam a Terra e outros planetas terem como origem a
explosão de uma supernova. Estrelas gigantescas que ao morrerem eliminam todos
os elementos que compõem a vida no universo.
Não estamos
falando apenas dos nossos corpos ou das outras formas de vida que conhecemos ou
não. Mas também, do ar que respiramos, da sandália que calçamos, do solo que
pisamos e da matéria dos outros bilhões de planetas e galáxias que existem no
Todo.
Isto engloba o
oxigênio e o nitrogênio que respiramos; o carbono que é a base da vida; o
cálcio de nossos ossos; o sódio, o fósforo, o magnésio, o iodo e o potássio
essenciais ao organismo; o ferro e o alumínio das máquinas; o cobre dos fios
elétricos e o silício dos computadores... Todos estes elementos químicos saíram
da fornalha atômica de supernovas, estrelas gigantes que, ao esgotar seu
combustível, explodiram, semeando na vastidão interestelar os ingredientes dos
planetas e da vida.
Falar então que
poderíamos ser um “pum”, pode parecer meio asqueroso, mas é ótimo para que a
ficha caia em relação à nossa importância.
Os moradores da
Terra “se acham”. Primeiro, éramos o centro do universo e depois nos colocamos
no topo das espécies. Mas isso não faz sentido algum. Somos mais uma espécie,
que teve a capacidade de se adaptar nos ambientes atuais do planeta, mas que ao
primeiro soluço planetário, poderá desaparecer sem deixar vestígios.
A consciência do
que somos e da nossa unidade com os elementos expelidos pelas estrelas deveria
criar um sentimento de pertencimento espetacular por toda a humanidade.
Certamente, as questões que hoje parecem insolúveis teriam finalmente as suas
respostas.
Viemos do pó e a
ele retornaremos. Mas o que importa é a jornada e não o destino que teremos.
Então, ao descermos do pedestal, poderemos encontrar possibilidades
extraordinárias para vivermos no nosso ponto azul que orbita em uma pequena e
quase imperceptível estrela, que vive na periferia da nossa galáxia.
Talvez ao
pensarmos assim, questões como a inflação, o desemprego, as estrias e a
celulite se mostrem apenas engraçadas e pueris. Pálido reflexo de uma forma
incrivelmente distorcida de nos colocarmos na estante que engloba todos os
seres.
Ficaria muito
mais fácil para um educador explicar a seus aprendizes a complementariedade e
integração da vida. Que bela reflexão para termos numa tarde nas escolas, não?
Que legal discutir isso nos MBAs... Significaria acertar o eixo da educação e
focar naquilo que realmente importa.
Ih... Mas somente
nós temos alma!!!
KKKKKKKKK
Que mania essa,
hein? Será complexo de inferioridade???
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